Entre os presos estão duas garotas de programas que atraíram o servidor Francisco das Chagas para o Ramal da Zezé, onde ele foi morto no último dia 17. Carro da vítima seria levado para a Bolívia para ser trocado por armas, diz polícia.
Três jovens foram presos e dois menores, de 16 e 17 anos, apreendidos pela Polícia Civil do Acre pela morte do analista judiciário do Tribunal Regional Eleitoral do Acre(TRE-AC) Francisco das Chagas Farias de Abreu. A vítima foi encontrando no Ramal da Zezé, no 2º Distrito de Rio Branco, no último dia 17. As investigações apontaram que Abreu foi vítima de um latrocínio.
O homem foi morto com ao menos cinco tiros e teve o carro e todos os outros bens, que estavam com ele no momento do crime, roubados. A caminhonete de Abreu foi encontrada, uma semana depois, pela Polícia Militar do Acre (PM-AC) abandonada no mesmo ramal que ele foi morto.
Dentre os presos maiores de idade estão duas mulheres e um homem. As duas seriam garotas de programa e tinham um envolvimento amoroso com Abreu. No dia do crime, segundo as investigações, o analista foi atraído pelas duas garotas para o local do crime para ter relações sexuais.
O responsável pelo caso, delegado Rêmulo Diniz, as meninas distraíram a vítima até a chegada dos demais suspeitos e mataram Abreu.
“Eles tinham um planejamento prévio, inclusive, com o uso de um veículo. Eles levariam o veículo [da vítima] para o país vizinho e lá trocariam por armas, que seriam trazidas para Rio Branco e cidades vizinhas para ser utilizadas pelos comparsas na prática de outros crimes”, comentou.
Sobre as garotas, o delegado afirmou que elas destruíram, após o crime, o telefone utilizado para manter contato com Abreu. Diniz confirmou que a arma utilizada no crime foi uma pistola, mas contou que não encontrou essa arma
“Elas planejaram e levaram a vítima onde seria executada. A vítima conhecia, tinha o telefone e estava mantendo contato elas. Inclusive, era crucial para eles que esse telefone fosse destruído logo após a morte. Vão ser enquadrados nos crimes de organização criminosa, corrupção de menores e latrocínio”, explicou.
O diretor do Instituto de Identificação, Sandro Barcelar, falou que o trabalho feito pela perícia foi fundamental para chegar aos autores do crime. Ele disse que foram encontradas impressões digitais dos suspeitos no carro da vítima.
“No momento que fomos requisitados para perícia, a equipe foi até o local e foi feito uma minuciosa perícia em busca de impressões digitais. Assim foi feito e chegamos a positivar com o nome de um dos cidadãos. Através dessa perícia culminou com todas as prisões”, contou.