Cobras, jacarés e bichos-preguiça são os animais mais capturados na capital do Acre. Animais de grande porte também são resgatados pelos Bombeiros.
Até novembro deste ano, quase 1,5 mil animais silvestres foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros em áreas urbanas de Rio Branco. Segundo o levantamento da corporação, até esta quinta-feira (30), 1.491 bichos foram retirados de casas, árvores, ruas e outros locais inapropriados.
O número, que ainda não é definitivo e pode aumentar, já é superior ao registrado em 2016, quando 1.431 animais foram recolhidos.
Cláudio Falcão, major do Corpo de Bombeiros, pontua que as capturas mais frequentes na cidade são de cobras, jacarés e bicho-preguiça. E que etapas são respeitas para que esses animais voltem ao seu habitat natural.
“Primeiro recebemos uma solicitação. Depois vamos até o local, fazemos o resgate e verificamos o estado de saúde do animal. Se ele estiver sadio, o soltamos no habitat natural, que são as matas e florestas na redondeza da cidade. Caso esteja machucado, o bicho é levado para o veterinário e é tratado no Parque Chico Mendes”, explica.
Depois que os bichos machucados são curados, eles são devolvidos à natureza pela equipe que fez o resgate. Falcão faz um alerta importante à população.
“As pessoas não devem machucar ou agredir o animal. O momento da captura para o bicho é o mesmo que a morte. Ele solta adrenalina como se fosse uma presa. É necessário técnica e cuidado para que o animal tenha o menor estresse possível”, pontua.
A incidência de animais nas áreas urbanas se intensifica ainda mais em períodos chuvosos, porque eles procuram lugar seco. Por isso, não é difícil ver animais silvestres em quintais e em outros locais da cidade.
Ocorrências chegam a 10 por dia
De acordo com o Corpo de Bombeiros, pelo menos dez chamados para resgatar animais que, às vezes, acabam sendo flagrados na área urbana são feitos por dia em Rio Branco.
Falcão explica que esse tipo de ocorrência é mais comum no período chuvoso. “Nessa época do ano, quando começa a chover, as cobras como a jiboia procuram locais mais secos, então, elas vão se mudando”, alerta.
O major também orienta as pessoas ao não jogarem restos de comida no quintal de casa. De acordo com ele, os animais não são atraídos pela comida descartada, mas sim pelos roedores que buscam o alimento jogado. Falcão reforça que a recomendação é sempre acionar os Bombeiros para que os animais encontrados voltem à natureza com a sua integridade mantida.