A professora Carmélia Soriano, da Escola João Batista Aguiar, localizada no conjunto Manoel Julião, talvez tenha sido a autora, até aqui, do relato mais impressionante sobre a violência que campeia o Acre. Ela escreveu um carta endereçada ao secretário de Educação, Marcos Brandão, e o de Segurança, Emylson Farias, que é candidato a vice-governador da Frente Popular. Como se não suportasse mais viver a mercê de bandidos, a professora diz estar em desespero e “sem saber mais o que fazer” para garantir o mínimo de segurança para os alunos e garantir a preservação dos bens públicos dentro da escola.
“Estamos entregues às facções criminosas, estamos cercados por vândalos . Aqui na escola já roubaram da merenda escolar aa equipamentos caríssimos de multimídia”, escreve a professora Socorro. Mais na frente ela apela: “Pedimos socorro. Não suportamos mais viver nessa insegurança. E o pior é ver o governador e seus secretários ainda serem aplaudidos por meia dúzia de puxa-sacos numa entrega de colete a prova de balas”.
