Há 10 anos, Rio Branco conta com um laboratório de pesquisa em fisiofarmacologia. Outras plantas são estudadas.
Há 10 anos, Rio Branco conta com um laboratório de pesquisa em fisiofarmacologia. Mestres e doutores da Universidade Federal do Acre (Ufac) desenvolvem estudos para tratamentos de doenças cardíacas, dores e inflamações. Este é o único laboratório da Amazônia Legal com foco em hipertensão.
Uma das pesquisas estuda o breu e o mulateiro, que são analisados no uso de analgésico e anti-inflamatórios.
“Nós estamos trabalhando com extrato dessas plantas para verificar se elas realmente têm esse potencial de analgésico e anti-inflamatório. A partir de alguns anos gerar um fitoterápico ou um medicamento mais específico. Além da valorização da região Norte pelo país. A partir do momento que você gera o medicamento, ele não fica concentrado aqui na região Norte e quem sabe isso pode gerar um medicamento de baixo custo para a população”, salienta a pesquisadora Ana Paula Azevedo.
A previsão dos pesquisadores de chegarem à fase final da produção de um medicamento é de pelo menos 10 anos.
“O breu é uma espécie que é evidenciada aqui no Acre, na região do Juruá, em Mâncio Lima e Cruzeiro do Sul existem mais de 20 espécies desse gênero. Então, é muito legal você poder trabalhar com uma espécie da sua região e que pode no futuro dar um resultado para a comunidade”, esclarece Roberta de Freitas.
Há 1 ano e 9 meses, Natacha Brozzo, pesquisadora na área de doenças cardiovasculares, estuda o açafrão e o jambu. As plantas já são usadas pela população por terem efeito relaxante e a ideia é usar esta composição na produção de medicamentos. A primeira parte deste estudo será finalizado em março do ano que vem.
“ Nós estamos nos primeiros passos de produção do extrato, verificação do efeito dessas plantas e, a partir daí, conseguimos isolar algumas substâncias que possuam algum efeito para prosseguir para estudos mais específicos com relação ao efeito. A importância desse tipo de pesquisa para o estado é com relação ao número de pessoas com problemas de hipertensão”, finaliza.