Ação também auxilia nos momentos de embarque e desembarque. Trabalho deve seguir até fevereiro.
Para conscientizar a população de Rio Branco sobre os direitos dos idosos, gestantes e pessoas com deficiência no uso do transporte público, uma ação conjunta de diversos órgãos públicos está promovendo a Operação Gentileza.
A ação é desenvolvida no Terminal Urbano da capital, local onde circulam milhares de pessoas por dia.
A funcionária pública Terezinha de Andrade, de 58 anos, tem apenas 10% da visão. Em março deste ano, ela sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e ficou com o movimento de uma das pernas limitado.
Mesmo assim, ela precisa andar de ônibus todos os dias e, às vezes, utiliza o transporte público quatro vezes por dia. O que já não é uma tarefa simples se torna uma maratona.
“Quando é para entrar naquela multidão ali [a que se acumula nas plataformas do Terminal Urbano], o pessoal me derruba, me empurra e eu caio. Aí fica difícil para mim. Eu encontro muita gente boa que às vezes dá a cadeira. Mas, às vezes, a gente encontra pessoas que fingem que não estão vendo a gente do lado”, relata a funcionária pública.
Naira Lopes também encontra dificuldades quando precisa andar de ônibus com o filho no colo. “Já teve casos de eu entrar no ônibus e primeiro botar a bolsa [dentro do veículo]. Quando volto para pegar o carrinho, já vão fechando a porta e acontece de querer imprensar o carrinho”, conta a dona de casa.
Casos como estes motivaram a execução da Operação Gentileza. Além da conscientização, a ação consiste em prestar auxílio para pessoas como Terezinha e Naiara. Agentes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans) ajudam os passageiros a seguirem seus destinos com segurança.
O trabalho é focado, principalmente, em ajudar as pessoas no momento de embarque e desembarque.
“Acreditamos que ainda na volta às aulas, em fevereiro de 2018, que é um período que o terminal ganha um número maior de pessoas, estaremos aqui pra auxiliar nessas ações. A população está recebendo isso com bons olhos, está sendo parceira. No início tivemos muita resistência, mas hoje as pessoas estão vendo isso com bons olhos”, afirma Luis Eduardo, gerente de educação da RBTrans.
Usuário do transporte público de Rio Branco, o cadeirante Alexsandro da Silva, autônomo, precisa de ajuda para descer do ônibus. Ele faz parte do grupo que apoia a Operação Gentileza. “É um trabalho bem interessante, deveria ter mais vezes, porque muitas vezes motorista não tem bem a manha pra ajudar o cadeirante. Eles estão aqui para ajudar e orientar”, diz Silva.
