Cirurgias são marcadas pela Central de Agendamento de Cirurgias (CAC). Ao menos 200 cirurgias já foram realizadas.
Para reduzir o número de pacientes em lista de espera por cirurgias eletivas, caracterizadas como não urgentes, a Central de Agendamento de Cirurgias (CAC) convoca pacientes para marcar a data do procedimento cirúrgico. Em todo o Acre, 4 mil pessoas estão em lista.
Ao todo, mais de 200 cirurgias foram realizadas pelo sistema de Regulação de Cirurgias e a Central de Leitos em todo o estado, desde quando a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) implantou o programa. As cirurgias são marcadas pela CAC, na sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em Rio Branco.
A coordenadora do Samu, Lúcia Carlos, disse que a ideia da CAC é dar agilidade à fila para reduzir o tempo de espera dos pacientes.
“Fizemos uma lista em que o médico regulador junto a um médico assistente vão ter um olhar diferenciado para aquele paciente com indicação de cirurgia e vão programar a confecção de um mapa”, explicou.
A coordenadora fala ainda que a central de agendamento da Fundação Hospitalar manda a relação de todos os pacientes que estão com exames preparados para a CAC e, então, é feito o contato com o paciente. “Nós entramos em contato 15 dias antes de entrar no mapa. Depois que entra no mapa, entramos em contato 48 horas antes para confirmar a internação”, esclarece.
Lúcia explica ainda que, no estado, o projeto atende 14 especialidades cirúrgicas, incluindo cirurgias de vesícula e de hérnia. “Nossa demanda são aqueles pacientes que têm indicação de cirurgia e nós trabalhamos especialidade por especialidade”, acrescentou.
A demanda de cirurgias reprimidas são encaminhadas para o Ministério da Saúde e, em seguida, é feito um contato direto com o usuário, para que sejam feitos os exames pré-operatórios, segundo a coordenadora. “Quando os exames estão prontos, eles entram para a fila do mapa para ser acionado”, disse.
As cirurgias podem ser feitas no Hospital Santa Juliana, em Rio Branco, e em outras unidades distribuídas entre os municípios do estado.
“Estamos com três frentes de cirurgias. Aqueles casos que não necessitam de um aparato maior, com leito de Unidade de Tratamento Intensiva ou aparelho de tecnologia maior, são feitos na própria região de saúde”, explica a coordenadora.
Lúcia fala ainda da dificuldade de marcar a cirurgia do paciente por causa da falta de atualização cadastral. “Temos muita dificuldade de entrar em contato com o usuário por causa da atualização na Fundação Hospitalar”, lamenta.
A coordenadora esclarece que de janeiro a outubro deste ano, ao menos 150 pacientes com agendamento confirmado não apareceram no dia da cirurgia. A instituição procura saber o motivo do não comparecimento, para que os pacientes não sejam posicionados no final da fila.
As pessoas com necessidade de procedimento cirúrgico devem procurar um médico para fazer a indicação. Além disso, o paciente deve manter informações atualizadas nas centrais de agendamento.