Risco de mulheres negras serem mortas no estado é de 2,6 vezes maior do que mulheres brancas. Dados são do Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência 2017 (IVJ2017) divulgados nesta segunda (11)
O risco de mulheres negras, com idade entre 15 e 29 anos, serem mortas no Acre é de 2,6 vezes maior do que mulheres brancas na mesma faixa etária. Os dados são do Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência 2017 (IVJ2017), divulgados nesta segunda-feira (11).
Com os números de 2015, o estudo teve como foco a desigualdade racial. O IVJ é um estudo feito pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), Secretaria Nacional de Juventude da Presidência da República e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O Amazonas é o estado com o maior número na região norte, com 6,9 vezes maior risco de morte dessas mulheres. O estado só fica atrás do Rio Grande do Norte, onde a taxa de mortalidade de mulheres negras é 8 vezes maior que o de mulheres brancas. No Brasil, as jovens negras têm 2,19 vezes mais chances de serem mortas.
No norte, o Pará (2,4), o Amazonas (6,9) e o Acre (2,6) ficaram acima da média nacional. Os estados como Rondônia (1,9), Amapá (1,3) e Tocantins (1,1) tiveram resultados abaixo da média do país. Roraima foi o único estado da região onde não foi possível levantar os dados porque não houve registro de morte de mulheres brancas no ano do estudo.
IVJ 2017
O IVJ é uma iniciativa para o desenvolvimento de políticas públicas para jovens mais afetados pela violência no país. Em 2017, além da taxa de mortalidade por homicídios e por acidente de trânsito, o índice apontou taxas de vulnerabilidade de jovens à violência e taxas de frequência escolar.
Também foram estudados pelo IVJ 2017 a escolaridade de jovens, e ainda a inserção no mercado de trabalho. O estudo levantou dados de municípios com mais de 100 mil habitantes.