As polícias civil e federal interceptaram gravações telefônicas que confirmam a trama para matar o vigilante Wisney Rodrigues (veja os diálogos logo abaixo). O rapaz foi executado com 9 tiros dentro de casa. Ele estava no banheiro quando foi surpreendido pelos criminosos na noite do dia 23 de Fevereiro do ano passado, na cidade de Senador Guiomard. Marta Souza de Oliveira é apontada como mandante e teria contratado os assassinos por R$ 9 mil. Ela não aceitava o namoro de sua filha com o vigilante. Marta foi a primeira a ser levada ao presídio.
Por conta da periculosidade dos envolvidos, o júri foi “desaforado”, ou seja, transferido de comarca, para dar mais tranqüilidade e imparcialidade ao conselho de sentença. O julgamento será em Rio Branco, nesta quinta-feira, dia 14, na 1ª Vara do Tribunal do Juri. Atualmente todos os acusados estão presos.
Pelo crime, oito pessoas serão julgadas. Na denúncia está detalhada a participação de cada um. O casal Marta Souza de Oliveira e Jorgineide Machado da Silva, o “Padilha”, mandou executar o vigilante. Antonio Jose Barbosa da Silva, o “Tonho”, e Clecio de Souza Nascimento tiveram dupla participação.
Com apoio logístico, Tonho emprestou o carro utilizado no crime, enquanto Clecio foi o motorista. Anderson de Souza Lara foi o copiloto e Junior da Silva Farias, o “Pacu”, e Manoel Vieira da Silva Neto, o “Pituba”, foram os executores. Raimundo Nonato Muniz da Silva, vulgo Nego Adilho – também é citado na denúncia. Foi ele quem deu abrigo aos acusados em sua residência.
O plano
Consta nas gravações que o assassinato do vigia Wisney Rodrigues era para acontecer em 22 de Fevereiro do ano passado. Num dialogo gravado às 14:43h, Clécio, o condutor do carro, afirma para sua mulher que já recebeu metade do pagamento pela morte do vigia. Na mesma data, às 18:08h, Clécio recebe uma ligação de Tonho, que informa que o nome do matador é Junior. Às 19:2h, em conversa com sua mulher, Clecio diz que não conseguiram encontrar Júnior. Ele finaliza dizendo que o cara (WISNEY) “está pesado para ir para o Além, mas de amanhã ao passa”.
No dia seguinte, às 10:34h, Clécio confirma para sua mulher que o crime será hoje. Às 16:23h, já do dia 23, Clecio conversa com Anderson Lara. Os dois combinam se encontrar às 19 horas. Em novo contato as 18:27h, Cleio conversa com TONHO e diz que ao chegar em Senador Guiomard vão direto para casa do “Nego ADILHO”.
À 18:47h, Cleicio liga para TONHO e diz que já estão indo, que já estão com as armas. Tonho diz para os comparsas terem cuidado, pois está tendo uma blitz na entrada da cidade.
Os diálogos seguem constantemente
Às 20:24h Clecio liga para Jorgineide e informa que o carão já estava morto. Um minuto depois, Cleicio liga para TONHO e informa que já estavam retornando, que já teriam matado a vítima.