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Moradores que invadiram conjunto habitacional e foram retirados pela PM voltam a fechar rodovia no AC

Movimento ocorre desde segunda-feira (11). Manifestantes exigem presença do governador para negociar.


Moradores que haviam ocupado casas do Conjunto Habitacional Andirá, em Rio Branco, voltaram a fechar a rodovia AC-10 na tarde desta terça-feira (11). Desde segunda (11), as famílias fazem protesto porque foram retiradas das casas pela Polícia Militar. Eles alegam que fazem parte do programa Minha Casa Minha Vida, mas não receberam as casas.


O residencial é um dos que estão em reforma devido ao vandalismo. Agora, eles pedem que o próprio governador do Acre, Tião Viana, compareça ao local. Eles dizem que só vão abrir a rodovia após negociarem com o governo.


Em nota, o governo informou que as unidades habitacionais do Loteamento Andirá já estão destinadas à famílias moradoras de áreas de risco, como o Preventório e alguns becos e córregos do Esperança, que foram removidas dessas áreas vulneráveis.


“Com relação aos invasores, não há possibilidade de que permaneçam nesses imóveis. Ressaltamos ainda que temos dialogado com as lideranças dessa ocupação ilegal de maneira a resolver tudo de forma pacífica”, destaca a nota.


Na segunda, a secretária de Habitação do Acre, Janaína Guedes, falou que vai entrar com reintegração de posse junto à Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para evitar invasões no local.


O pastor João do Nascimento, 46 anos, pastor, diz que a polícia foi fazer a reintegração de posse e os moradores novamente se recusaram a sair, ocupando a rodovia. Segundo ele, são 318 famílias que ocuparam o residencial.


“Nós estamos ocupando as casas do Andirá e tiraram todo mundo de lá. A polícia veio desocupar e a gente quer a presença do governador, porque não queremos ‘pau mandado’ dele, não. Se o governador não vier, a gente não sai. Estamos ocupando o que é nosso”, diz.


A via foi fechada por volta de meio-dia e, segundo o pastor, que lidera as mais de 150 pessoas que fazem parte do movimento, só deve ser liberada após conversa com o governador.


A dona de casa Nilda Santos, de 50 anos, diz que foi sorteada em 2009, mas diz que ainda não recebeu a casa. Nesta terça, ela resolveu ir até o conjunto ocupar uma das casas, mas se deparou com a polícia.


“Me inscrevi em 2009 e fui sorteada antes de um ano. Mas, ainda não me deram a casa, mas não me deram. Toda semana, estou na Sehab e até agora não resolverem. Pago R$ 500 de aluguel e, mesmo tendo sido sorteada, dizem que não sou prioridade”, reclama.


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