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Menina atropelada por caminhão espera cirurgia reconstrutiva há mais de um ano


Após mais de um ano, a pequena Ana Júlia, de 05 anos, atropelada por um caminhão, continua esperando uma cirurgia para reconstrução da uretra. Desde o acidente, a garota usa uma sonda externa para conseguir urinar. A menina mora com a família em Porto Walter, no interior do Acre.


Os familiares de Ana Júlia receberam a reportagem da TV Juruá, afiliada SBT na cada deles, e desabafaram sobre a espera que a cada dia é mais preocupante. “O mais complicado para Julinha é a questão dessa sonda, que ela sente muita dor, e ainda não conseguiram tirar a sonda porque não tem operação para ela aqui em Cruzeiro do Sul”, contou a mãe Maria Alcina.


Ocorrido em maio de 2016, o acidente causou sérios danos à vida da criança. Ela teve fraturas no fêmur, braço, bacia, além de ter a bexiga e uretra esmagadas pela roda do caminhão. Júlia ficou dias internada na UTI do Hospital Regional do Juruá. Desde então, a mãe tem peregrinado em busca de uma transferência da menina da outro estado.


“Eles não puderam fazer a operação, disseram que era algo muito delicado, e só em São Paulo. Eu peguei o encaminhamento, levei para o TFD e estou esperando ser chamada, e até agora não deu nada. Aqui eles me falam que só tem retorno até Rio Branco. Quando ela foi acidentada tinha 04 anos, e agora já tem 05 anos”, relatou a mãe.


O coordenador regional de Saúde do Vale do Juruá, Gotran Neto, conversou com a reportagem e informou que nenhum dos relatórios sobre o quadro clínico de Júlia descreve a necessidade de uma transferência. Justamente por isso, o Tratamento Fora de Domicílio (TFP) não providenciou a viagem da criança.


“Em Rio Branco, nos arquivos, não consta que ela deu entrada para ser atendida fora do estado. Todo processo dela foi feito de uma situação, e surgiu outra que o tratamento é fora do estado, e para isso é preciso dar entrada no processo. Ela tem um relatório de alta, mas não consta a entrada no processo para dar continuidade no tratamento, então sugerimos que eles procurem o TFD”, justificou o coordenador.


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