O médico Dino Luiz Hernandes Cobrera, de nacionalidade cubana, apresentou atestado se dizendo com problema de saúde para não comparecer ao trabalho em dois dias neste mês de dezembro. Ele é cunhado da missionária Antônia Lúcia Câmara, ex-deputada federal, e marido da vereadora Meire Ramos, do PSDB – mais conhecida como “Meire do Dino”. O casal tem residência em Plácido de Castro, onde o médico deveria ter cumprido plantões nas datas em quer, supostamente, estava doente. Ele usou de má fé, abandonou os pacientes e se deslocou até Rio Branco para participar de um torneio de xadrez.
No dia 10 de dezembro de 2017 (domingo) Dino faltou ao seu plantão o hospital estadual de Plácido de Castro. Dino é concursado no estado. Na rede municipal, tem contrato provisório – trabalho conquistado através de acordos políticos. Prefeito e vereadora são do mesmo partido.
Imagens obtidas pela reportagem indicam a competição de xadrez aconteceu nas datas em que o médico deveria estar no consultório. O atestado ele apresentou à Secretaria Municipal de Saúde e na unidade estadual (Veja as escalas abaixo). No município, Dino tem contrato provisório. Pelo estado, ele ingressou através do Pró Saúde.
Atestado falso é crime.
Nossos repórteres não localizaram o médico Clébio Leonardo de oliveira, que assina o atestado dando ciência de que o “paciente” necessitava de repouso.
A falsificação de atestado médico configura ato de improbidade, infração contratual de natureza grave prevista no art. 482, “a”, da CLT, sendo motivo para a dispensa por justa causa do empregado. Uma única conduta reveladora da desonestidade do empregado é suficiente para romper a confiança necessária ao contrato de trabalho, tornando inviável a continuidade do vínculo de emprego.
Dispõe o artigo 302 do Código Penal Brasileiro:
“Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso: Pena – detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano. Parágrafo único – Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa”.
Cabeça a prêmio
Trabalhadores das unidades de saúde em plácido de Castro estão indignados com o “golpe” aplicado pelo médico, que, de acordo com o Código de Identificação de Doença (CID) inserido no atestado, estaria acometido de uma sinusite maxilar aguda. Imagens enviadas á reportagem de acjornal.com mostram Dino Cobrera extremamente saudável, e bastante concentrado, durante as parciais do torneio, quando enfrentou adversários bem treinados e, ironicamente,, sagrou-se campeão da competidão. Um grupo de funcionários informou que vai denunciar o médico ao Conselho Regional de Medicina. Ele pode responder criminalmente, na polícia, e está sujeito á suspensão do direito de clinicar, podendo, inclusive, perder o registro.