Laudo confirma que cartas encontradas pela polícia foram escritas por casal que se matou após morte da filha no AC

O subtenente Márcio Augusto e a esposa, a ex-sargento Claudineia Borges, foram encontrados mortos em casa, em julho deste ano, após a morte da filha, a estudante Bruna Andressa.


O laudo do exame grafotécnico do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), divulgado pelo órgão, confirmou que a as cartas deixadas pelo casal de militares, encontrados mortos em casa dois dias após suicídio da filha, foi escrita por eles. A família morava na Vila Militar, no bairro Bosque, em Rio Branco.


O subtenente Márcio Augusto de Brito Borges, de 45 anos, e a esposa, a ex-sargento Claudineia da Silva Borges, DE3 9, foram achados mortos em casa, em julho deste ano. Ambos eram do 4º Batalhão de Infantaria de Selva (4º BIS). Nas cartas, os cônjuges explicam o motivo de terem tirado a própria vida, dois dias após a filha, Bruna Andressa Borges, de 19 anos, também ter sido achada morta.


O diretor geral do DPTC, Haley Vilas Boas, disse que foram levantadas várias dúvidas sobre a autoria dos escritos por causa do conteúdo, mas que com análise pericial de Documentoscopia Forense da Polícia Técnica – exame que verifica a autenticidade de documentos e determina a autoria -, que analisou a grafia do casal, confirmou que os documentos foram escritos pelos militares.


“Para a gente saber se era ou não deles, a gente fez um confronto com o material gráfico oficial que o 4º BIS disponibilizou com assinaturas de quando eles estavam na corporação. O exame dessas assinaturas, que a gente chama de exame grafotécnico, deu que as cartas são do casal”, explicou o diretor.


Apesar das cartas encontradas na casa da família serem confirmadas de autoria do casal, ainda há dúvidas sobre quem cometeu suicídio primeiro, ou se ainda algum deles influenciou o outro a tomar essa decisão. O conteúdo das cartas continua sendo investigado pela polícia.


“Fizemos só o confronto da escrita. A leitura das cartas, o conteúdo, tem um procedimento policial em percurso sob o domínio de autoridade policial, que é o delegado, é ele quem percorre essa parte investigativa”, explica o Vilas Boas.


A adolescente Bruna Andressa Borges, de 19 anos, cometeu suicídio em casa, no dia 26 de julho deste ano. A jovem transmitiu o ato ao vivo pela internet. Momentos antes de ser achada morta, a adolescente fez uma publicação nas redes sociais onde disse que estava triste.


Bruna cursava o 3º período de Ciências Sociais, na Universidade Federal do Acre (Ufac). Amigos dela chegaram a chamar os Bombeiros para impedir a morte da garota, mas não passaram o endereço correto e o socorro não chegou a tempo de salvar a menina.


Os pais de Bruna chegaram a registrar Boletim de Ocorrência sobre o ocorrido, mas dois dias depois também foram encontrados mortos.


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