Roney Firmino deve permanecer preso, segundo o advogado de defesa dele, Júnior Feitosa.
O ex-prefeito de Plácido de Castro Roney Firmino, preso preventivamente esse ano suspeito de fraudar licitações, teve o habeas corpus negado pela Justiça, nesta terça-feira (19). Firmino deve permanecer preso enquanto aguarda os trâmites na Justiça.
O advogado de defesa do ex-gestor, Júnior Feitosa, disse que o habeas corpus do cliente, que pede o fim do constrangimento que priva a liberdade do suspeito, foi negado porque a Justiça entendeu que os fundamentos da prisão permanecem.
Feitosa falou ainda que fez o pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Se aprovado, ainda que o pedido local tenha sido negado, o cliente vai poder sair da unidade prisional. “Temos outro habeas corpus em Brasília. Estou aguardando de lá. O resultado deve sair na volta do recesso”, disse.
Firmino foi preso em setembro durante a 4ª fase da Operação Labor, da Polícia Federal. Durante a Operação, um ex-prefeito de Brasileia também foi preso e foram decretados mandados de prisão preventiva para ex-vereadores e ex-secretários municipais.
A Operação Labor investiga uma organização criminosa, formada por empresários e políticos, que operavam em esquema de fraude de licitações. Em setembro, mais de R$ 1 milhão foi desviado, segundo investigações da polícia.
Como funcionava o esquema
O esquema funcionava logo após a escolha da empresa que integrava a organização criminosa. Os agentes políticos faziam empenhos acima do necessário para fazer os pagamentos dos serviços prestados pela empresa, de acordo com investigações da polícia.
A fraude se dava na diferença entre o valor que era empenhado e valor real pago pelos serviços. Esses valores eram sacados por representantes da empresa e entregues, em espécie, a membros da prefeitura do município.
Quem fazia a distribuição dos valores eram os membros da prefeitura. Eles entregavam a integrantes do Executivo, Legislativo e ainda de “laranjas” indicados por membros da organização.