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Investigados na ‘Operação Capone’ esbanjavam grande poder financeiro no Acre, diz PF

Doze pessoas foram presas preventivamente por tráfico de drogas, estelionato, falsidade ideológica, entre outros crimes. Ação tem como foco principal combater o tráfico de drogas no estado.


Os investigados na ‘Operação Capone’, deflagrada pela Polícia Federal no Acre (PF-AC) na manhã desta terça-feira (5), esbanjavam grande poder financeiro em festas, casas luxuosas, entre outros gastos com grande quantidade de dinheiro. Até o final da manhã desta terça, 12 pessoas haviam sido presas preventivamente, duas conduzidas coercitivamente e algumas armas apreendidas na ação.


A investigação foi conduzida pela Delegacia da PF-AC de Epitaciolândia e pela Vara Criminal de Brasiléia, cidades do interior do Acre. A ação teve parceria do Grupo de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco). Além do crime de tráfico de drogas, os suspeitos devem responder ainda por estelionato, falsidade ideológica, lavagem de capitais, entre outros crimes.


O delegado responsável pelo caso, Fares Feghali, falou que as investigações duraram oito meses e, durante esse período, foi detectada uma movimentação financeira de 1,5 milhões em dinheiro da organização criminosa. Ao todo, foram cumpridos 30 mandados sendo 12 prisões preventivas, 14 de buscas e apreensões e duas conduções coercitivas.


“São de uma classe mais alta, de certa maneira. Chamou atenção pelas ostentações em festas noturnas da cidade, gasto de grandes quantias em dinheiro, casas luxuosas que eram efetivadas festas homéricas. Não se tratou de tráfico transnacional, mas interestadual com movimentação para fora do estado. Por isso, tivemos a parceria da Justiça e Ministério Estadual. Teve uma movimentação de drogas mais aqui em Rio Branco”, complementou.


Ainda segundo Feghali, a polícia detectou também o crime de estelionato em financiamento de veículos. Esses carros seriam usados, segundo a polícia, no transporte de drogas ou para criminosos fugirem neles. Segundo o delegado, os mandados seriam cumpridos nas cidades de Rio Branco, Brasileia e Epitaciolândia, porém, todos os investigados estavam na capital acreana.


“Existia um esquema de financiamento de veículos por meio de laranjas. Muitos desses financiamentos não seriam pagos e esses veículos seriam usados para o tráfico de drogas, o que minimizaria o risco de perda em caso de prisão dos transportadores. Outros seriam utilizados por bandidos foragidos que não teriam condições de obter veículos. Acreditamos que também foi um golpe na estrutura de transporte da organização criminosa”, falou.


O delegado acrescentou que pediu o bloqueio financeiro de cinco investigados na operação. De acordo com ele, alguns dos suspeitos já têm passagem pela polícia por tráfico de drogas. Feghali ressaltou ainda que a investigação foi diferenciada por que se tratar de uma organização que atuava com os crimes há bastante tempo no Acre.


“Não era um grupo de fora, mas local que atuava com bastante intensidade no tráfico de drogas. Alguns deles já têm passagem, alguns foram processados, mas nunca presos. Acreditamos que foi mais uma vitória, prender pessoas que acreditavam que não seriam capturadas. Não eram tidas na sociedade como criminosos, eram pessoas com boa condição financeira, que estavam em vários eventos das cidades, tinham comércio e eram bem conhecidas”, concluiu.


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