Medicação estava em falta e acabou prejudicando pacientes transplantados. Micofenolato de Sódio e Tacrolimo já estão nas Secretarias Estaduais, diz Ministério da Saúde.
Há uma semana, a Rede Amazônica Acre mostrou o drama de pacientes transplantados que não estavam tendo acesso aos imunossupressores Tacrolimo e Micofenolato de Sódio – medicamentos utilizados contra rejeição de órgãos em pacientes transplantados.
Os medicamentos estavam em falta há cerca de seis meses, segundo os pacientes. Em um dos casos, o rim de um jovem de 15 anos que foi transplantado parou de funcionar e ele voltou a fazer hemodiálise.
Nesta sexta-feira (8), o Ministério da Saúde informou que os dois medicamentos que estavam em falta foram enviados à Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre).
“As duas últimas aquisições dos imunossupressores Tacrolimo e Micofenolato de sódio, por exemplo, geraram uma economia anual de R$ 176 milhões. Ao comprar mais barato, o objetivo da pasta é utilizar os recursos para ampliar o acesso dos brasileiros aos medicamentos e serviços do SUS. É evidente que o posicionamento da pasta contraria interesses que buscam criar a falsa sensação de desabastecimento do mercado para manter o velho modelo de venda para o poder público”, justifica o Ministério da Saúde em nota.
Como são muito caros, há mais de 20 anos o Ministério da Saúde compra e distribui os medicamentos gratuitamente. A distribuição dos medicamentos para os pacientes é de responsabilidade da Sesacre.
Para o Acre foram enviados 272 caixas de micofenolato de sódio, de 180mg e 360mg – que foram entregues no último dia 30. E mais 8.500 do Tacrolimo, que foram entregues ainda no dia 30 de novembro, segundo o informativo.
“No caso do Tacrolimo, houve uma decisão judicial encerrando a Parceria de Desenvolvimento Produtivo que produzia e fornecia o medicamento ao ministério. Para garantir a sua oferta, foi feito um novo processo de compra e as entregas já estão ocorrendo em todo o país. Com a nova negociação, a empresa vencedora ofereceu 80% de desconto em relação ao preço anterior do medicamento, uma redução anual de R$ 122 milhões no custo para o SUS”, destaca o órgão.