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Escola vai ter 18 turmas fechadas em 2018, dizem professores; Educação fala em ‘reordenamento’

Medida foi tomada devido à implantação da escola de tempo integral. Professores repudiaram decisão.


Professores do Colégio Estadual Barão do Rio Branco (CEBRB), no Centro da capital acreana, afirmam que a partir do próximo ano 18 turmas do 1° ano do ensino médio vão ser fechadas na instituição. Segundo os educadores, seis turmas nos três turnos vão deixar de funcionar no local por determinação da Secretaria de Educação e Esporte do Acre (SEE).


Ao G1, a SEE negou que as turmas de 1° ano vão deixar de existir no CEBRB. De acordo com Rosária Solon da Paz, diretora de Gestão da SEE, um remanejamento de alunos vai ser feito em 2018 devido a implantação do ensino integral em algumas escolas.


Outro fator é a descentralização para diminuir a grande quantidade de alunos em uma mesma unidade de ensino, caso do CEBRB.


“Não vamos fechar turmas. O que está acontecendo é um reordenamento na rede [de ensino]. Tivemos que abrir turmas de ensino médio em escolas que só tinham fundamental porque esses alunos que vão para a escola integral precisam continuar estudando. As escolas do Centro, principalmente do CEBRB, superlotaram com o ensino integral”, reforça a diretora.


Cirlene Prado, professora de História no CEBRB há oito anos, conta que as primeiras informações sobre o fechamento surgiram de forma informal no início do ano letivo e seguiram de formas esporádicas.


Segundo ela, na semana passada, a diretora da escola oficializou a informação a pedido da SEE. Depois disso, houve uma reunião entre a equipe do colégio e um representante da secretaria.


“Essa reunião aconteceu com os professores dos três turnos. Questionamos o motivo do fechamento e o representante explicou que era devido à ociosidade das outras escolas nos bairros, que não teriam público. Ficamos todos preocupados, existem mais de 100 professores do CEBRB. Muitos têm dois contratos e trabalham a vida toda lá pela manhã e à tarde”, relata a professora.


Segundo a SEE, as escolas Carlos Vasconcelos, Diogo Feijó, Carlos Casavechia e Colégio Acreano vão ter vagas de ensino médio em 2018. Rosária explica que essas unidades vão continuar com seus alunos quando eles concluírem o 9° ano e, consequentemente, eles não vão ser mais encaminhados ao CEBRB.


A gestora garante ainda que os professores efetivos vão permanecer na unidade.


“Os provisórios vão para onde tem necessidade. Com esse reordenamento, vamos desafogar o CEBRB. Não estamos fechando turmas, isso é uma consequência da reorganização. As matrículas para as salas de aula do CEBRB vão continuar sendo ofertadas, não vamos parar de receber. Elas vão estar abertas normalmente para os alunos do 1° ano. O que não vai ter é encaminhamento de alunos”, acrescenta a diretora de gestão.


A educadora afirma que uma das alegações foi a melhoria na qualidade de ensino no local e a melhor utilização da equipe. Segundo ela, os professores ficaram incomodados porque não houve respeito na decisão e a mudança vai trazer prejuízos a eles.


Ela avalia ainda que, tanto os professores efetivos, quanto os temporários teriam a rotina completamente alterada.


“Professores que têm dois contratos e já estão quase se aposentando teriam que sair da escola e trabalhar em outras. Os que só têm um contrato precisariam trabalhar pela manhã, tarde e noite na própria escola. No momento em que muda o quadro dos efetivos eles empurram os provisórios. Eles vão deixando os trabalhos, são pais de família que vão perdendo o emprego”, completa Cirlene.


A professora afirma que os educadores do CEBRB iniciaram um movimento nas redes sociais com manifestações contrárias a mudança. Além disso, ela conta que uma nova reunião com representantes da SEE vai ser solicitada. Para ela, o quadro de professores não pode ser alterado pela pasta. “Se quiserem acabar com o CEBRB, vão devagar e respeitem o ser humano”, finaliza.


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