O prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT), junto com o Governo do Acre, “venderam uma mentira para a população”, antes, durante e depois da obra da BR-364. Quem afirma isso sem pedir segredo é o superintendente do Dnit no Acre, engenheiro Thiago Caetano, o homem que acaba de reabrir a estrada, construída sobre “areia”. Como técnico, Thiago diz que “foi vendido para população uma idéia de que algum dia essa BR foi concluída, quando, na verdade, pelos critérios técnicos, ela nunca atingiu os parâmetros mínimos de uma BR nova, recém construída, por isso tivemos que fazer um projeto de reconstrução”.
A obra comandada pelo então diretor do Deracre, Marcus Alexandre, atual prefeito da capital, “colocou em risco a vida das pessoas e o abastecimento do Vale do Juruá, uma vez que mudou-se o modal de abastecimento, do aquaviário para o rodoviário, sendo dado fim as balsas e ao sistema de estocagem, sem que fosse mantido um plano de contingenciamento e isso, para uma BR ainda em construção, representou um grande risco para a população do Juruá, caracterizando, até certo ponto, uma Irresponsabilidade.
Thiago Caetano atribui essa irresponsabilidade a Marcus Alexandre, “uma vez que era ele o gestor dessa obra, além de ser engenheiro, e, como tal, teria a obrigação de ter esses conhecimentos técnicos do real estado em que a rodovia se encontrava”. Talvez por isso, a equipe de marketing do PT tenha mudado de estratégia, deixando de tratar o prefeito como “técnico” ou “gerentão” para o pobre coitado que sai pela casa das pessoas pedindo um cafezinho e demonstrando intimidade com as pessoas. “Pode ver que ele não é mais tratado como técnico, depois que a podridão da BR começou a feder”, diz Cateano com exclusividade ao Blog do Evandro Cordeiro.
Quanto a recuperação da estrada, Caetano diz que será pelo período de dois ou três anos. Mas em 2019 está prevista a reconstrução total da BR, cuja licitação deve acontecer até final de 2018. “Por enquanto vamos mantê-la aberta para garantir a vida das pessaos naquela região”, afirma o engenheiro Cateano, que é funcionário de carreira do Dnit.