Sanção do governo estadual instituiu o dia 9 de novembro para a realização de atividades de conscientização e prevenção do consumo de álcool durante o período de gravidez, que pode causar a SAF.
A partir do próximo ano, em 9 de novembro, vai ser celebrado o ‘Dia da Conscientização e Prevenção da Síndrome Alcoólica Fetal’ no Acre. A lei que regulamente a comemoração da data foi sancionada na quinta-feira (30) e a decisão foi publicada nesta sexta (1º) no Diário Oficial do Estado.
A sanção prevê a realização de atividades de conscientização sobre o consumo de álcool durante o período de gravidez, que pode causar a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) em bebês. Além disso, órgãos do poder executivo, entre outras entidades, podem organizar campanhas de prevenção especiais durante a data.
O uso de àlcool durante a gravidez é o principal responsável por causar a SAF. A síndrome ocorre quando a bebida consumida pela grávida passa pela placenta e atinge o feto. O embrião passa a receber menos oxigênio, o que vai prejudicar o desenvolvimento do cérebro e dos ossos. A criança pode apresentar limitações intelectuais e motoras. Também podem ficar comprometidos o sistema nervoso central e o coração.
No Acre, um casal que adotou uma criança com a síndrome revela como é a convivência no dia a dia. A agrônoma Cleísa Cartaxo e o http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrador Cleiver Lima são pais da pequena Vitória que tem a SAF. O casal conta que adotou a menina quando ela tinha menos de 1 ano e, desde então, cuidam da pequena e fazem campanha para conscientizar a população sobre o assunto.
O Ministério da Saúde informa que, no Brasil, a estimativa de bebês com a SAF é de 1/1.000 nascidos vivos. O ministério aponta ainda que os números de casos pode aumentar devido à dificuldade de diagnóstico e a não obrigatoriedade da notificação. Além disso, a entidade aponta crescente número de mulheres que consomem bebidas alcoólicas e consumo significativo pelas gestantes no país.
No Acre, o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Virgílio Prado, disse que os dados de crianças com a síndrome no estado seguem ritmo semelhante ao do restante do país. “Não temos esses índices de prevalência, mas os relatos dos colegas pediatras identificam que a síndrome pode estar crescente aqui no estado”, finaliza.