Professor há 11 anos, Giovanni Casseb faz aplicação de teste fantasiado de personagens de filme de terror com a intenção de motivar e deixar os alunos mais descontraídos na hora da prova.
O que você faria se encontrasse com um personagem malvado, acostumado a desaparecer com crianças indefesas? Atender às perguntas que fossem feitas.
É isso que um professor da Universidade Federal do Acre (Ufac) fez na quarta-feira (6) ao aplicar prova aos alunos do curso de medicina, vestido do temido palhaço Pennywise, personagem do filme ‘It, A Coisa’.
Professor há 11 anos, Giovanni Casseb, contou ao G1 que era uma prova da disciplina de Fisiopatologia e a intenção era motivar e deixar os alunos mais descontraídos na hora da prova. “É uma maneira de descontrair, porque é uma prova oral difícil. E aí acaba descontraindo os alunos”, explica.
Casseb, que dá a disciplina há 4 anos, conta que começou a fazer as provas temáticas em 2015, sempre com vilões diferentes. Para este ano, ele diz que escolheu o palhaço Pennywise por ser um personagem marcante do filme “It, A Coisa”.
“Eu já vinha aplicando as provas dessa disciplina fantasiado de vilão. Como gostei do último filme do ‘It, A coisa’, decidi usar. Faço todo semestre na prova oral”, ressalta Casseb.
Personagens como Freddy Krueger, Coringa, Pinguim e até Donald Trump já foram escolhidos como fantasia para a prova temática do professor. E ele garante que os alunos aprovam a iniciativa.
“O professor tem que ser versátil em tempos de tecnlogia. É uma metodologia que eu uso para entreter e mostrar a importância da disciplina que eles [os alunos] estão estudando. E eles adoram. Na verdade, eles até ficam curiosos para saber o personagem que eu vou utilizar”, ressalta.
O professor conta que a empolgação dos alunos começa dias antes, quando passa a mandar e-mails com falas do personagem que ele vai usar. “Mando algumas dicas e eles ficam curiosos”, conta.
Os alunos também entraram no clima e participaram da prova de uma forma diferente, usando capas amarelas, assim como no filme. A acadêmica do 4º período de medicina Fernanda Magela, de 20 anos, foi uma das alunas que fez a prova e diz que viveu uma experiência positiva.
“Foi uma experiência ótima, porque, apesar de ser uma temática difícil e ter a pressão psicológica de uma prova oral, a didática que ele utiliza torna a experiência muito mais prazerosa”, destaca.
A estudante lembra ainda que se sentiu parte do filme com toda a ornamentação e preparo do professor. “O nosso bloco também tinha balões espalhados. Tudo isso influencia um pouco. Tive a sensação de fazer parte do filme”, conta.
Casseb chegou a receber comentários negativos sobre seu trabalho com as fantasias, mas diz que a responsabilidade dele é com os alunos. “Faço isso pelos alunos, não pra me promover ou querer mídia. Não ligo para os comentários negativos, não significam nada pra mim. O que importa é a opinião dos alunos que se amarram”, destaca.
O professor disse ainda que já o aconselharam a participar de concursos de fantasia, mas garante que as atividades que desenvolve é apenas pelos alunos. “O que eu faço é para eles”, finaliza.