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Com mais um aumento no preço do gás, família recorre a fogão à brasa para economizar

Economista diz que população perde o podem de compra com constantes aumentos. Botija pode chegar a mais de R$ 78 em Rio Branco.


Quem é que não gosta daquela comida quentinha saindo do fogão? Na casa da Mari Sâmia todo dia tem almoço fresquinho, mas, manter isso está cada vez mais difícil numa casa cheia. Isso porque comprar gás de cozinha entrou na lista de dificuldades das famílias em Rio Branco.


“Já bem antes do aumento, o que já era caro, agora ficou mais caro ainda. Às vezes, a gente usa o fogareiro, que é um recurso mais econômico. Algumas refeições demoram mais no tempo de cozimento, tipo o feijão, caldo, algumas coisas assim”, explica.


O gás de cozinha também foi um item que pesou no bolso dos acreanos este ano. De novembro a dezembro, houve um aumento de R$ 11, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).


Esta semana, a Petrobras reajustou em 8,9% o preço do produto. Se o aumento for repassado integralmente ao consumidor, este valor de R$ 76 da botija de 13 kg vai para R$ 78,53.


Além do reajuste do gás de cozinha, a energia elétrica sofreu aumento de 2,57% e, desde novembro, as faturas das famílias no Acre ficaram 2,57% mais caras, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).


A gasolina também é a mais cara do país e, agora, manter as motos, também não tem sido tarefa fácil.


“Sempre usei moto por ser mais rápida, mas, em compensação a gasolina está pesando muito no final do mês no orçamento. Tem que apertar de um lado, apertar do outro e apertar o cinto, como dizem. Porque se não, a gente não consegue”, diz o vendedor Francisco de Assis.


O economista Carlos Estevão destaca que esses constantes aumentos acabam prejudicando e economia do país.


“O que se observa é que, não só no Acre, como no Brasil todo, é que os preços de alguns produtos estão sim aumentando e o resultado disso é que as pessoas, principalmente os mais pobres, perdem o poder de compra. Toda vez que o preço de um produto aumenta, se o teu salário não aumenta na mesma proporção, você vai perder poder de compra. Isso exige uma atenção maior, das pessoas, dos consumidores, dos chefes de família no controle de suas finanças pessoais”, finaliza.


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