Assembleia “se gaba” de ter apresentado 160 projetos em 2017. Serviu para quem mesmo?


A Assembleia Legislativa do Acre anda sendo gabada por alguns de seus membros por ter servido para a apresentação de 160 projetos em 2017. Mas para quem serviu mesmo? Ajudaram a diminuir o analfabetismo? Alguns deles, pelo menos, tiveram função de atar a munheca mole do governador, habilidosa com a caneta na mão para aplacar a sede por cargos de aliados e de adversários que se levantam para extorquir? Essa casa fiscalizou alguma coisa? Impôs ao Governo nem que seja uma derrota quando este mandou para o plenário seus projetos mais interesseiros possíveis? Não?! Então não venha com chorumelos, eleitor, contribuinte! Aplauda as nobres excelências, sem reclamar.


Essa “casa do povo” só se mantém em atividade porque uma maioria de seus componentes se elege às custas do dispêndio. Este poder só existe de araque. Não fosse um ou outro falastrão, a “augusta residência” nem discutia alguns temas de relevância para a sociedade. A base do Governo, ih, detesta ter que ir à tribuna defender um tema, ainda que seja uma vez aqui, outra acolá. Uma vez na vida, outra na morte. Ou seja: aquele espetáculo da peça de publicidade exaltando as realizações, dizendo que a casa representou isso e aquilo, sé apenas peça de publicidade. E os anos se passam e ninguém questiona. Sabe por que? Simples: as benesses do Estado só são alcançadas se o beneficiário circular bem em ambas as esferas. É um jogo de interesse só e dele alguns se locupletam com às custas do infeliz trabalhador, que paga uma carga de impostos. Nada beneficia o povão. Mas, aqui entre nós, esse povão merece a casa legislativa que tem.


Em 2018 vem ai uma eleição e muitos membros dessa “corte” dispendiosa, perdulária, devem ser “castigados” com a derrota, mas não porque a inapetência será julgada. As derrotas são impostas quase sempre por outro fator, o da estratégia da campanha, baseada em gastos. E a próxima “fornada” de “parlantes” não vai resolver nadinha, não vai mudar esse quadro perverso, desestimulante. Pelo contrário. Vai ser o mesmo do mesmo. A relação desses poderes, seja o Governo que for, continuará sendo criminosa porque a máquina pública virou um círculo vicioso, dominado por uma mesma casta, da qual o povo não livrará tão cedo. O Brasil e o Acre parecem ter sido afetados pela síndrome de Estocolmo, aquela em que a vítima se apaixona pelo seu algoz. Então tanto faz como tanto fez. Nem adianta reclamar.


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