Médico que acompanha o caso diz que menino está com hormônios inibidos e cresce em velocidade adequada. Criança chegou a medir 1,06 m de altura e pesar 23 kg aos 2 anos de idade.
Após três anos em tratamento, o menino diagnosticado com puberdade precoce e que chegou a pesar 23 kg e medir 1,06 metro de altura aos 2 anos de idade está com os hormônios em níveis normais para a idade. A informação foi confirmada pelo endocrinologista Gil Lucena que acompanha o caso desde 2014.
O médico afirma que os pelos pubianos do menino, que agora tem 4 anos, regrediram. Além disso, ele está tendo uma boa resposta ao tratamento com medicamentos fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e está com os hormônios inibidos.
“As taxas estão controladas. Eu continuo acompanhando ele com consultas trimestrais. Quanto a altura, ele cresceu demais e continua alto para a idade devido a aceleração que teve do crescimento. Mas, agora está crescendo em uma velocidade adequada para a idade dele”, afirma Lucena.
O médico diz que não tem dados atualizados sobre o peso e altura da criança e que deve colher essas novas informações na consulta marcada para a próxima semana. Ao G1, a avó do menino, Maria do Socorro Leite, de 43 anos, diz que o neto está com ao menos 30 quilos e com 1,18 metro de altura.
O menino passa por tratamento com injeções mensais para inibir a ação dos hormônios. A avó dele conta que o procedimento surtiu efeito, mas o processo ainda é lento.
“Já dá para ver a diferença. Ele continua crescendo, mas é pouco. Ele segue a rotina normal e não sofreu efeitos colaterais com o tratamento”, conta.
A avó diz ainda que agora que o pequeno completou 4 anos pensam em colocar ele no pré-escolar. No entanto, ela diz que ele é muito “elétrico” e ainda estão estudando o caso. “Queremos colocar, mas não sei se vai dar muito certo”, diz.
Mesmo com o tratamento e os resultados lentos, mas positivos, Maria do Socorro diz que a família permanece atenta, pois o tratamento não tem prazo para terminar. “A gente ainda se preocupa, pois não sabemos até quando vai o tratamento, mas estamos mais tranquilos”, afirma.
Entenda o caso
Com oito meses de vida, a avó, que possui a guarda do menino, contou que percebeu que o crescimento era diferente, devido ao desenvolvimento de pelos pubianos. A criança foi submetida a tratamento hormonal.
O endocrinologista Gil Lucena destacou, em matéria publicada pelo G1em outubro de 2015, que o tratamento era importante por dois motivos: “primeiro o problema psicológico, essa criança tende a ter alterações psiquiátricas ou psicológicas de forma precoce”, disse.
O segundo problema, segundo ele, era a altura final. O médico explicou que embora a criança cresça rapidamente na fase de início da doença, a altura final poderia ser prejudicada e o menino ficaria mais baixo que o esperado”.
Sem o tratamento adequado, explicou Lucena na época, a criança poderia ter: “precocidade sexual, visto que já tinha hormônios de um adolescente de 14 ou 16 anos. Com isso, apresentava o surgimento de pelos axilares, pubianos, barba. O órgão genital era o de uma criança de 13 anos de idade”, disse.