Acre ocupa a primeira posição no ranking de registros de estupros de mulheres, aponta estudo

Números foram tema de debate em Rio Branco. Pesquisa foi feita em 2015 em todas as delegacias e redes de atendimento no país.


O Acre ocupa a primeira posição no ranking de registros de estupros de mulheres, segundo uma pesquisa realizada no ano 2015 em todas as delegacias da mulher e rede de atendimentos do país.


E para tentar mudar essa realidade, Judiciário, Legislativo e pessoas ligadas à defesa da mulher se reuniram para discutir sobre as formas de combate a esse crime.


De 2011 até o ano de 2015, os números dispararam, quando 524 casos foram registrados. Em 2016, os números tiveram uma queda, com 279 casos. Mas, ainda assim não há o que comemorar.


“O problema da violência é social, não é um problema da mulher. O problema da violência é da sociedade e o Poder Legislativo tem tudo a ver com isso, pois é responsável. Por isso, estamos aqui para incentivar essa iniciativa de fortalecer essa rede para que, de fato, a mulher se sinta realmente fortalecida”, destaca a coordenadora da Procuradoria da Mulher no Senado, Rita Polli Rabelo.


A União Brasileira de Mulheres (UBM), órgãos governamentais e não governamentais organizam encontros e palestras para alertar a gravidade do assunto.


“Estamos no mapa da vergonha na violência contra a mulher. Somos o quarto estado nos números de violência proporcionalmente a sua população. Então, a gente se deu conta que era hora de reorganizar a UBM, chamar as secretarias municipal e estadual de mulher, fazer parcerias com o congresso e instituições. Começar a colocar uma cultura da não violência e disseminar a paz, tanto nas famílias, nas escolas e no ambiente de trabalho”, enfatiza Perpétua Almeida, fundadora da UBM.


No Brasil, os casos de violência doméstica chamam a atenção. Em 2015, foram registrados mais de 2 milhões casos de espancamento. De ameaça, foram mais 2,4 milhões casos.


A desembargadora de Justiça do Acre, Eva Evangelista explica que, para que haja uma redução nesses números, é preciso que todos possam se unir para que a Lei Maria da Penha possa punir os agressores.


“A Lei Maria da Penha, diria que é o instrumento mais normativo, mais perfeito de proteção à mulher. Para que ela funcione efetivamente é preciso que todos que compõem o sistema de justiça estejam envolvidos no cumprimento, na aplicação a partir da prevenção. E isso começa com políticas públicas”, finaliza.


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