Empresa de segurança criou o Re:scam, uma espécie de robô programado para fazer os golpistas provarem do próprio ‘veneno’
A mesma tecnologia que ajuda a difundir as tentativas de pishing, através de e-mails com promoções exageradas ou notícias falsas para roubar os dados dos usuários, também vem oferecer soluções para o problema. Segundo o site Olhar Digital, uma empresa de segurança criou o Re:scam, uma espécie de robô programado para responder os e-mails de golpe com spam, como uma forma de fazer os golpistas provarem do próprio “veneno”.
Desenvolvido por especialistas neozelandeses da Netsafe, o Re:scam é um chatbot operado por inteligência artificial. Para aproveitar as suas funcionalidades, basta que o usuário encaminhe os e-mails de spam na sua caixa de entrada ao endereço [email protected]. A partir deste ponto, a máquina se encarregaria de fazer o resto: fingir que é uma vítima e fazer o golpista perder seu tempo.
Entre os exemplos de diálogo divulgados pela empresa está o caso de um spam que prometia às possíveis vítimas US$ 5 milhões para integrar uma sociedade secreta. Diante da proposta falsa, o chatbot fingia empolgação, solicitando mais informações da parte do golpista. Sempre que o spammer pedia informações pessoais como dados bancários, o robô respondia que enviaria um número de cada vez, por uma questão de segurança”. A troca de e-mails seguiu até o golpista que caiu nessa espécie de “trote reverso e automático” perder a paciência e desistir do crime.
A invenção foi possível através do uso de um algoritmo de machine learning, que permite a leitura e compreensão das mensagens, bem como o envio de respostas pré-programadas pelo chatbot.
O Re:scam, divulgado inicialmente pelo site The Verge, faz lembrar o sistema do Lenny, chatbot que mesmo sem a inteligência artificial destacada do sistema recente conseguia irritar os operadores de telemarketing com 16 respostas pré-gravadas. Ele atendia as ligações para devolver perguntas desnecessárias, tomando o tempo dos operadores.