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Tiroteio ao lado de igreja interrompe celebração de missa em comunidade no Acre

Caso aconteceu no último sábado (25) na comunidade Santa Luzia, no bairro Ivete Vargas, em Rio Branco.


Um caso inusitado assustou fiéis católicos no último sábado (25). Um vídeo mostra um tiroteio que aconteceu ao lado da igreja durante a celebração da missa na comunidade Santa Luzia, no bairro Ivete Vargas, em Rio Branco.


Apesar do susto e da proximidade do fato, ninguém foi atingido. Um vídeo mostra que durante a consagração, que antecede a santa ceia, os fiéis e o padre têm a atenção desviada para a janela do templo, momentos antes é possível ver vultos na janela.


Logo depois, uma mulher olha para o local e fica nervosa, dialogando com outras pessoas e o religioso. Em seguida, ela fecha a janela, a missa é retomada e interrompida novamente em seguida.


O frei Renan Barros, que conduzia a celebração religiosa, conta que o tiroteio aconteceu em dois momentos. Ele relata que no primeiro, uma moto passou em alta velocidade na rua ao lado do templo e depois vários tiros foram efetuados.


“Não conseguimos entender, naquele momento, se era tiroteio ou fogos. Alguns fiéis olharam pela janela e viram casas fechando e pessoas correndo”.


Barros diz que precisou interromper a missa durante dois minutos. Depois que as pessoas olharam a movimentação externa pela janela da igreja, todos perceberam que os barulhos se tratavam de tiros.


Logo depois, as janelas e portas do templo foram fechadas e a celebração retomada. Entretanto, novos disparos, em uma rua atrás da sede da comunidade, interromperam novamente a missa.


“Quando a gente continuou, vieram mais disparos. Os fiéis ficaram muito agitados e com medo. Algumas pessoas se abaixaram, outras agitadas ficaram caminhando [dentro da igreja] e uma senhora passou mal e quase desmaiou. Todos ficaram muito agitados e preocupados enquanto estávamos trancados dentro da igreja”, relembra o religioso.


Mesmo com o alvoroço, o frei continuou com a celebração religiosa. “Estávamos na santa missa, isso nos ajudou a manter a concentração. Uma fiel lembrou que todos estavam na casa de Deus e disse que nada ia acontecer. Mesmo assim, a gente continuou acompanhado o que estava acontecendo lá fora pela janela”, declara Barros.


O frei afirma que tanto ele como os fiéis viram bandidos correndo para a rua atrás da igreja fugindo do tiroteio. Mesmo com a tensão, a missa seguiu em frente e não foi cancelada.


“Fomos até o fim. Esperei somente os ânimos se acalmarem e convidei a todos para retomarmos a missa para com fé orarmos e pedirmos a Deus pela nossa cidade, por aquele bairro e as famílias das pessoas”, diz.


Barros conta que em todo momento tentou manter a calma para não agitar ainda mais os fiéis que estavam no local. Ele lembra que já passou por situações similares em uma comunidade religiosa na periferia do Rio de Janeiro.


“Mas essa foi a primeira vez que [um tiroteio] foi tão próximo à igreja. Talvez ter visto tiroteio, mesmo sendo distante, no Rio me ajudou a manter a calma”, finaliza.


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