Candidatos dizem que não esperavam tema. Segunda prova será no próximo domingo (12) com matemática e ciência da natureza.
Após o fechamento dos portões, o tão esperado tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi anunciado: “educação para surdo”. Um assunto surpreendeu os candidatos, mas muitos alegaram que sabiam discorrer sobre o tema.
Neste domingo (5), os candidatos fizeram provas de linguagens, ciências humanas e redação, com duração de cinco horas e meia. O segundo domingo (12), vai abordar matemática e ciências da natureza, com quatro horas e meia de prova.
Violência doméstica, HPV, Barbie, Usina Belo Monte e música dos Racionais também aparecem no 1º dia do Enem.
Gabriela Martins, de 21 anos, conta saiu do Guajará para fazer a prova em Cruzeiro do Sul. Ela disse que não gostou do tema da redação, porque não houve divulgação sobre o assunto.
“A prova estava razoável. Não gostei das questões, achei que estavam complicadas. O tema da redação eu também não tinha me preparado. Eu acho que vai dá para passar, tive argumento, mas não esperava o tema. A expectativa para o outro domingo é que eu termine mais rápido”, diz.
Em Rio Branco, Romário da Silva, de 19 anos, fez o Enem pela segunda vez e diz que o tema foi muito bom e que, na verdade, esperava que o assunto fosse mais complexo.
“Foi um tema bom, esperava um tema mais complexo. Senti mais dificuldade esse ano nas provas. As perguntas estavam mais complexas”, diz.
A atendente Sergila Ferreira, de 22 anos, está fazendo o Enem pela quarta vez em Cruzeiro do Sul. Ela diz que o segredo do primeiro dia foi interpretação de texto.
“A única coisa que tem que saber para uma boa nota é interpretação de texto. Sem falar que o tema da redação foi bem fácil. Convivo com dois surdos, mas, para esse ano, esse tema não ficou muito em mídia. Mas, é uma coisa que se vê todos os dias. Foi um tema fácil”, diz.
Também do Guajará (AM), Fabiana Barrozo, de 21 anos, fez a prova em Cruzeiro do Sul e diz que comemorou ao ver o tema da redação.
Para Clécio Pontes, de 26 anos, que faz o Enem pela quarta vez, a mudança no Enem para dois fins de semana não foi boa. Ele diz que a tensão é prolongada.
“O tema da redação surpreendeu. O fato da prova ser em dois fins de semana achei que complicou, porque são dois fins de semana perdidos, porque a gente fica naquela tensão os dois fins de semana”, justifica.
O tema da redação estava mais fácil do que as questões. Eu já estudei sobre isso. Não era um tema esperado, esperava temas mais polêmicos e mais atuais. Hoje eu me animei mais para o próximo domingo”, conta.
Pela terceira vez, Luiza Hassem fez a prova do Enem. Ela diz que gostou do tema da redação e que o fato das provas serem em dois domingos também vai ajudar muitos os candidatos.
“Acho que a questão de ter dois dias, dois fins de semana diferentes, ajudou bastante para a gente descansar, porque sempre era muito cansativo. E também gostei da redação ser no primeiro dia, dá mais uma tranquilidade e uma sanidade mental, porque no segundo dia a gente ficava muito cansado”, diz.
Luiza diz ainda que a escolha do terma foi muito importante e precisa ser debatido. “Eu gostei do tema por conta da inclusão. Achei fácil de redigir, porque envolve muito essa questão da inclusão. Tem que incluir todo mundo mesmo e aceitar os surdos nas escolas, faculdade e em uma formação mais especializada. E no mercado de trabalho também, que é muito difícil” destaca.