TCE-AC se reúne com gestores de 10 cidades para orientar sobre prestação de contas

Prefeitos falam sobre cortes e ajustes que tiveram que fazer devido à crise. Dica é ter planejamento, diz TCE.

O Tribunal de Contas do Acre (TCE-AC) prepara palestras e reuniões com gestores de 10 cidades do estado. A intenção é orientar sobre a prestação de planejamento de cada município. Nos últimos tempos, muito se fala em crise econômica e em casos de corrupção no Brasil.


E, para apurar irregularidades, existem diversos órgãos para julgar ou analisar diferentes situações. Entre esses, existem os tribunais de contas na esfera federal, estadual e municipal.


“O Tribunal de Contas não está ali para caçar ou para prejudicar imediatamente o prefeito ou o gestor. Os erros que a gente encontra, buscamos uma forma de que os prefeitos venham a consertar aqueles erros”, explica o presidente do TCE-AC.


O TCE-AC organiza encontros técnicos para ajudar as prefeituras a encontrarem alternativas para manterem as contas em dia.


“Em especial, cumprir com a nossa missão institucional, que é exercer o controle externo, que é orientando e fiscalizando. O que a gente está verificando é que orientar vem primeiro que fiscalizar. Então estamos cumprindo nosso papel institucional e se aproximar dos nossos jurisdicionados, tanto eles municipais como estaduais”, explica a diretora de auditoria do TCE-AC, Semirames Dias.


E nesse cenário de crise, os gestores precisam ser criativos para conseguir pagar os salários em dia.


“Os servidores do município vestiram a camisa quanto a essa necessidade. Eles se conscientizaram que nem tudo pode ser pago, tipo dobras, funções gratificadas. Eles tem consciência disso e estão ajudando o prefeito. O município, a população, os servidores eles têm contribuído para que a gente reduza esses gastos ”, explica o secretário de finanças de Senador Guiomard, Deusdete Cruz.


Outros precisaram fazer cortes drásticos no número de secretarias para conseguir enxugar as máquinas públicas Esse foi o caso do prefeito de Manoel Urbano, Altanízio Taumaturgo Sá.


“Tive de fazer uns ajustes. Tomei medidas duras para que pudesse reajustar. O primeiro ato foi ficar 90 dias sem receber salário, eu e toda minha equipe de secretários. De 13 secretarias, cortei para cinco, deixei as essenciais que tinha que ter e botar o pessoal para trabalhar. No mês de janeiro, cortei mais R$ 90 mil em ponto de funcionário que recebiam e não trabalhavam”, explica.


Setores da saúde, educação e segurança pública consomem boa parte dos recursos públicos, mas, com uma boa gestão, é possível investir mesmo nos tempos de crise, segundo a chefe da Controladoria-Geral de Rio Branco, Ada Derze.


“A exemplo dos demais entes da federação, Rio Branco enfrenta sim problemas de natureza econômica financeira, porém, dentro de um planejamento ordenado, o município tem procurado se manter adimplente com suas obrigações”, finaliza.


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