Depois da realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem/2017), é a vez de ser aplicado a Pessoas Privada de Liberdade (PPL). O certame será realizado em unidades prisionais da capital e do interior do Estado, podendo ser uma oportunidade para que os presidiários virem a página criminosa de suas vidas e retomem o caminho por meio do ensino superior.
Em 2017, 218 reeducando fizeram o Enem no Acre, um número bem abaixo comparado ao de 2016, que teve cerca de 400 inscritos. A aplicação das provas será entre os dias 12 e 13 de dezembro. Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Senador Guiomard e Rio Branco terão pessoas privadas de liberdade participando do Enem 2017, processo seletivo para o ingresso no ensino superior.
De acordo com a coordenadora de educação do Iapen, Helena Guedes, a procura foi baixa, pois houve uma mudança na finalidade do exame, que agora não certifica mais o ensino médio.
“A partir deste ano, o Enem PPL, assim como o Enem regular, também deixa de servir para a obtenção do certificado de conclusão do ensino médio. Isso quer dizer que os candidatos só poderão usar o resultado das provas para autoavaliação, para tentar uma vaga no ensino superior”, explicou Helena Guedes.
A coordenadora diz ainda que, atualmente existem seis reclusos cursando o nível superior no Estado, desses dois são da capital e cinco do interior. Duas pessoas que cumprem pena em Rio Branco estão cursando Engenharia Eletrônica e Direito na Universidade Federal do Acre (Ufac). Em Cruzeiro do Sul, pela Universidade da Floresta, quatro apenados estão cursando Ciências Biológicas, Língua Portuguesa, Engenharia Agronômica e Engenharia Florestal.