Sindicato se posiciona contra a terceirização da Saúde e governo do Acre nega

Sintesac diz que medida seria colocada em prática no Huerb e depois nas UPAs. Governo diz que não tem conhecimento da situação.


O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac) afirma que a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) planeja terceirizar o Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) alegando falta de recursos financeiros para manter a unidade. A terceirização, segundo o Sintesac, seria confirmada até 25 de dezembro. O Governo do Acre diz que não tem conhecimento da situação e nega o caso.


A diretora do Sintesac, Alesta Amâncio, diz que a medida foi discutida sem a presença do Conselho Estadual de Saúde, sindicatos ou servidores. Após terem conhecimento do planejamento da terceirização, no início de novembro, ela afirma que o sindicato fez duas assembleias para abordar o tema e saber como deve ficar a situação dos trabalhadores, mas a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) não compareceu.


“Fizeram uma reunião somente da gestão, sem comunicar os servidores e muito menos os usuários. Segundo as informações que foram passadas, a terceirização começaria no Huerb, mas em seguida iria se estender para as unidades de Pronto Atendimento (UPAs)”, diz.


Os servidores, segundo Alesta, devem ser convocados para serem notificados das novas regras de trabalho. Quem for contra as novas medidas, deve ser devolvido para a Sesacre, de acordo com Alesta, e remanejado para outra unidade. Os sindicatos devem fazer um ato contra a terceirização no dia 6 de dezembro.


O Sintesac e o Conselho Estadual de Saúde foram à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), nesta terça-feira (28), pedir apoio dos deputados. O objetivo, segundo a diretora, é que os parlamentares assinem uma carta dec ompromisso afirmando que não vão aprovar a lei que determina a terceirização.


“Pedimos aos deputados que não votem essa lei. Esse processo vai ter que passar pelo Conselho Estadual de Saúde e esperamos ter o apoio dos parlamentares. Infelizmente, os trabalhadores correm esse risco de serem prejudicados com essa mudança”, acrescenta.


Ao G1, o deputado Raimundinho da Saúde, presidente da Comissão de Saúde da Assembleia, disse que os sindicalistas estiveram na casa para debater o assunto.


“Há de fato uma sinalização pela Secretaria de Saúde de terceirização do Huerb. Não passou pela assembleia, não passou pelos conselhos, e nem os sindicatos tiveram conhecimento. Essa pauta eu levantei dentro da assembleia no sentido tomar explicações sobre o que está, de fato, acontecendo, como que isso vai proceder, de onde é essa empresa. Na semana passada fizemos uma audiência pública e nós estamos, inclusive, esperando posicionamento do governo referente a isso”, f.


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