Quatro das mortes ocorreram em Rio Branco e as demais no interior do estado. Casos foram registrados entre a manhã de domingo (5) e madrugada desta segunda (6).
Sete pessoas foram mortas de forma violenta entre a manhã de domingo (5) e a madrugada desta segunda-feira (6) no Acre. A maioria dos casos, segundo a Polícia Civil, tem envolvimento com a briga entre as facções criminosas. Destes casos, quatro foram registrados na capital acreana e os demais em Sena Madureira e Brasileia, no interior do estado.
A primeira vítima foi o agricultor Jeovací Gonçalves Santos, de 54 anos. O corpo dele foi encontrado por moradores do Ramal Galileia, na AC-40, em Rio Branco, na manhã de domingo. Santos foi morto a golpes de terçado. Ao G1, familiares falaram que suspeitam de uma namoradado agricultor.
Já no período da tarde, Antônio Rufino foi assassinado dentro de uma canoa a golpes de terçado, em Sena Madureira. A Polícia Militar falou que a mãe da vítima viu o acusado agredindo o filho dela. O criminoso fugiu nadando pelo Rio Iaco.
No início da noite de domingo, o adolescente Francisco Gabriel Bispo, de 13 anos, foi morto com um tiro no rosto no Portal da Amazônia, em Rio Branco. Dois homens em uma motocicleta atiraram pelo menos três vezes contra o garoto, que soltava pipa na hora do crime. Bispo morreu no local. A PM prendeu os dois criminosos e apreendeu a arma e a moto usadas no crime.
Em Brasileia, um homem com capuz na cabeça matou Jorcicley Ferreira de Souza em uma praça da cidade. A vítima tentou correr, mas foi alcançada pelo criminoso. Ninguém foi preso até esta segunda-feira (6).
Ainda no interior do estado, Joéliton de Souza Lira, de 24 anos, morreu após ser atingido com um tiro de escopeta no bairro Eugênio Areal, em Sena Madureira. Lira foi encontrado caído em uma rua por dois homens que passavam no local. Ele chegou a ser encaminhado para hospital, mas não resistiu.
Reno Oliveira e Maike Magno morreram em confronto com a PM-AC no bairro Seis de Agosto, em Rio Branco. Os dois estavam na companhia de uma terceira pessoa, que foi baleada e levada para o hospital. O trio teria roubado um táxi e uma moto na Gameleira e na fuga os criminosos atiraram contra a polícia.
Em entrevista ao Jornal do Acre 1ª edição, o delegado responsável por investigar as mortes em Rio Branco, Rêmulo Diniz, confirmou que a maioria das mortes têm envolvimento com a briga entre as facções criminosas.
“Existe a questão que é ligada à disputa por locais de venda de drogas. Alguns casos não é direcionado por facção, não tem determinação de conselho, mas é uma disputa por locais de crimes ou acerto de contas entre criminosos. Então, isso torna difícil você separar já que é uma dívida entre eles. É uma droga que foi vendida e não foi repassado o dinheiro, é uma disputa por um ponto que foi colocado sem autorização. Têm várias justificativas entre os criminosos”, explicou Diniz.
Apenas dois dos casos, segundo o delegado, não têm relação com a disputa por pontos de venda de drogas. Ele falou que o adolescente de 13 anos não tinha envolvimento com crimes, mas morreu porque morava na região de uma facção criminosa. Já o agricultor, a polícia disse foi morto após uma briga de bar.
“Estava tendo relações com uma mulher no bar, alguém não gostou, iniciou uma briga. Ele já era usuário de bebidas. Teve uma luta, o cara estava armado com um terçado. Tinham de duas a três pessoas com paus, terçado e tijolos”, concluiu.