Servidor do TRE-AC fez compras minutos antes de ser achado morto em ramal, diz delegado

Analista judiciário Francisco Abreu foi uma das três vítimas de homicídios registrados na sexta (17), em Rio Branco. Polícia busca imagens de câmeras de segurança para identificar suspeitos.


O analista judiciário Francisco das Chagas Farias Abreu, de 49 anos, fez compras minutos antes de ser achado morto na sexta-feira (17), no ramal da Zezé, no Segundo Distrito de Rio Branco. O delegado Rêmulo Diniz, que investiga o caso, relatou, nesta segunda (20), que a polícia verificou a movimentação bancária e também de cartões de crédito do servidor do Tribunal Regional Eleitoral no Acre (TRE-AC) para tentar identificar a dinâmica do crime.


“Nós verificamos que ele tinha feito compras instantes antes de ter sido notificado o óbito e estamos fazendo essa investigação nessa linha de raciocínio. Estamos colhendo informações do dia a dia dele, principalmente na sexta (17), para apurar principalmente como se deu esse crime e tentar identificar os suspeitos”, disse.


A morte violenta de Abreu vai ser investigada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). No entanto, o caso vai contar com o apoio da Delegacia Especializada de Combate a Roubos e Extorsões (Decore) por se tratar de um latrocínio. A intenção é apurar se a caminhonete roubada foi levada para fora do país pela Bolívia.


Além de verificar as movimentações bancárias da vítima, Diniz explicou que a DHPP faz buscas em imagens de câmeras de segurança do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) e também de moradores da localidade onde ocorreu o crime.


“A principal linha de investigação até o momento é que foi de fato um latrocínio, onde a vítima teve os bens pessoais e a caminhonete subtraída logo após ser alvejada por diversos disparos de arma de fogo. Estamos na fase de coletar informações e depois vamos apurar tudo”, destacou.


Mortes violentas na capital

Além de Abreu, outros dois homens foram mortos de forma violenta na sexta (17), em Rio Branco. No bairro Areal, Marcelo de Souza, 29 anos, estava em casa quando um casal chegou em um carro e chamou pelo rapaz. Ao sair na porta, Souza foi recebido a tiros.


O delegado diz que o caso é apurado e que há duas versões para o crime. Na primeira, a vítima teria sido confundida e em outra, a morte teria sido a “cobrança de um vacilo”.


“Tudo isso é preliminar, as testemunhas e familiares ainda vão ser ouvidas. Respeitamos esse momento de dor da família. Depois vamos colher informações sobre como foi o dia dele e que procurou ele na porta, pois devia ser uma pessoa conhecida já que ele foi atender”, explicou Diniz.


Arilton da Silva, de 18 anos, e Marcelo de Souza, 29 anos, foram mortos na sexta-feira (17). Polícia investiga casos (Foto: Arquivo Pessoal)

Arilton da Silva, de 18 anos, e Marcelo de Souza, 29 anos, foram mortos na sexta-feira (17). Polícia investiga casos (Foto: Arquivo Pessoal)


A terceira morte registrada na capital acreana foi a de Arilton da Silva, de 18 anos, no bairro Vitória. O pai do jovem, o pedreiro José Silveira de Souza, contou que o filho tinha envolvimento com facções.


“Ele [Silva] era uma pessoa conhecida aqui, era usuário de drogas e estamos apurando o motivo da morte dele. Ele andava sempre na mesma região, então estamos tentando buscar imagens, mas as câmeras não têm uma boa qualidade e estamos tentando melhorar essas imagens”, afirmou Diniz.


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