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Professor do AC que acertou tema de redação do Enem em 2016 dá dicas e fala em apostas para este domingo

Mestre em educação, especialista em gestão escolar e professor de língua portuguesa Marcos Luís, de 43 anos, dá dicas e palpites acerca da redação Enem.


A um dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o professor de português Marcos Luís, que acertou o tema da redação 2016, que abordou acerca de intolerância religiosa, sugere ao menos oito palpites considerados apostas para este ano.


Luís, que tem 43 anos, é acreano, mestre em educação e especialista em gestão escolar, diz que procurou trabalhar com os alunos uma espécie de “mapa mental” como forma de memorizar os temas e fazer com que eles entendam a problemática de cada um deles. Redes sociais, homofobia, xenofobia, tráfico humano e de órgãos, bullying, suicídio, obesidade e segurança pública são as apostas do educador.


“Dentre os possíveis temas estão distúrbios alimentares, porque a obesidade está alarmante no Brasil sendo um grave problema social. Tem também a xenofobia, que é uma aversão a estrangeiros, uma realidade evidenciada cada vez mais no Brasil. Segurança pública, já que estamos vivenciando a insegurança pública devido à falta de investimentos. São temas bem plausíveis”, afirmou.


O profesor disse ainda que o tráfico humano também está bem evidenciado entre os assuntos que podem ser abordados na redação do Enem. “Eu coloquei tráfico humano, direcionando para a venda ilícita de órgãos. Tem também o transgênero, porque são pessoas que sempre foram discriminadas e, por conseguinte, violentadas, desprezadas”, acrescentou.


Dicas para construção do texto


O mestre explica que o texto que o Enem pede é o dissertativo argumentativo. Esse texto é opinativo e precisa ser organizado a partir da defesa de um ponto de vista, de uma determinada problemática.


O professor diz que um dos erros mais comuns que têm encontrado nas redações é uma confusão entre o tipo de redação que precisa ser feita.


“O que estou encontrando mais nas redações durante as correções é que o aluno precisa entender o que é um texto dissertativo argumentativo, porque a maioria está fazendo uma dissertação expositiva, que é quando você apenas expõe informações acerca de uma problemática. Embora sejam parecidas, não são iguais”, fala.


Ele diz que o Enem quer um texto dissertativo argumentativo, e esse texto é opinativo e precisa ser organizado a partir da defesa de um ponto de vista, de uma determinada problemática.


“É necessário que a opinião seja fundamentada com explicações e argumentos que firmem a opinião do leitor para convencê-lo de que a ideia está correta. Portanto, o aluno precisa expor as informações e, por conseguinte, embasá-las, através de explicações para justificar o que foi informado. Então, o aluno precisa utilizar estratégias argumentativas”, afirma.


Professor diz que essa é uma das épocas que ele mais gosta de dar aulas (Foto: Marcos Luís/Arquivo Pessoal)

Professor diz que essa é uma das épocas que ele mais gosta de dar aulas (Foto: Marcos Luís/Arquivo Pessoal)


O professor afirma que a redação argumentativa tem essa dupla natureza. “Ela é argumentativa porque defende uma tese, uma opinião acerca da problemática em si, e o fato de o texto ser dissertativo argumentativo é quando utiliza explicações para justificar o que foi informado”.


Luís acrescenta que é possível ver se um texto é dissertativo a partir da estrutura, ou seja, se tem problemática citada na introdução e se os parágrafos de desenvolvimento estão com aplicação de conteúdos e embasamentos argumentativos.


Professor é mestre em educação e especialista em gestão escolar (Foto: Marcos Luís/Arquivo Pessoal)

Professor é mestre em educação e especialista em gestão escolar (Foto: Marcos Luís/Arquivo Pessoal)


Inferência abstrata

Um grande problema também que o professor fala é em relação à inferência abstrata (quando são colocados no texto chavões, termos como, hoje em dia, atualmente). Segundo ele, esse tipo de expressão empobrece o texto e faz com que o leitor pense que está lendo a redação como se fosse hoje, mesmo sendo em meses ou até anos depois.


“Se uma pessoa for ler essa redação daqui a 40 anos, por exemplo, como ela [redação] tem domínio público, vai ser sempre o ‘hoje’ da época em que a pessoa está lendo. O aluno pode colocar expressões como, na ‘era Temer’ ou na ‘era Vargas’, aplicando um pouco de história, ou ainda ’em 2017′. Esses termos denotam tempo e não uma inferência abstrata”, alerta.


Ele diz também que a mesma coisa ocorre quando o aluno coloca uma uma citação e não coloca o autor. “Se ele não denota a autoria também vai ser uma inferência abstrata e, assim, vai perder pontuação”.


Ele diz ainda que uma redação Enem precisa ter a estrutura de, no mínimo, quatro parágrafos bem escritos. Um parágrafo de introdução, dois de desenvolvimento e o último para o processo de intervenção.


“Vale ressaltar que esses dois parágrafos de desenvolvimento são exigidos justamente por se tratar de uma tese argumentativa, então, eu tenho que argumentar acerca da exposição de informações resumindo a estrutura. A introdução é apenas para o aluno citar a problemática, nos parágrafos de desenvolvimento ele vai explanar e informar tudo que ele sabe, ou seja, ele vai expor as informações acerca da problemática que foi citada na introdução”, explica.


Na parte final, Luís diz que o aluno deve elaborar um processo de intervenção. “Ele tem que citar quais as medidas plausíveis para mitigar ou solucionar a problemática que foi citada que ocorreu em um determinado estado ou país, e em um determinado ano”, finaliza.


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