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Piloto de motocross preso no AC tinha contato com principais receptadores da Bolívia, diz polícia

Riderson Rocha foi ouvido na manhã de terça (31) e confessou ter envolvimento com dois dos maiores receptadores do país vizinho.


O piloto e campeão de motocross Riderson Rochaconfessou para a Polícia Civil do Acre, durante depoimento, que mantinha contato com os principais receptadores de veículos roubados da Bolívia. Rocha foi preso na manhã de terça-feira (31) em Rio Branco durante o cumprimento de mandado judicial. Ele está preso na Divisão de Investigação Criminal (DIC) e é apontado como o principal negociador de uma quadrilha.


Investigações da Delegacia Especializada em Combate ao Crime Organizado (Deccore) e o Departamento de Inteligência da Polícia Civil do Acre apontam que existe um esquema de roubo de carros e motos na capital acreana. Para a polícia, o piloto recebia os veículos roubados e, quando não conseguia vender na Bolívia, ligava para as vítimas e pedia dinheiro para recuperar o veículo.


Rocha é um dos principais competidores de motocross do Acre. Ele ganhou o Campeonato Acreano de Motocross em 2016. Em julho deste ano, o piloto venceu a 2ª etapa do Acreano de Motocross.


“Confessou que tinha amizade com Rodrigo Baltista e com um rapaz conhecido como Colha Cristian. Já havia me deparado com esses indivíduos em outras circunstâncias quando era delegado em Epitaciolândia [interior do Acre]. Inclusive, fizemos a prisão do Baltista e ele esteve preso em Rio Branco. Hoje, está no presídio boliviano por envolvimento em sequestro e roubos. Os dois indivíduos são envolvidos em diversas receptações de veículos roubados no Brasil”, detalhou o delegado Sérgio Lopes.


Ainda segundo o delegado, Rocha contou que um dos receptadores foi morto recentemente durante uma briga na Vila Evo Morales. O piloto revelou que o dinheiro da negociação era entregue aos receptadores, porém, muitas das vezes as vítimas pagavam uma “comissão” por ele ter recuperado o veículo.


“Falou que se a vítima quisesse recompensá-lo pelo contato que mantinha com os bolivianos fazia de livre espontânea vontade. Essa argumentação não se sustenta para a polícia devido ao acesso e contatos com os receptadores bolivianos. Também percebemos que ele estava envolvido com a quadrilha que rouba carros”, concluiu.


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