Raimundo Araújo foi morto em um balneário no Quixadá, no dia 24 de julho de 2016. Júri ocorre nesta terça (28), no Fórum Criminal, em Rio Branco.
O sargento da Polícia Militar Jorge Werston de Andrade Mendes, de 39 anos, enfrenta o segundo julgamento, nesta terça-feira (28), por atirar e matar o vigilante Raimundo Carlos Costa de Araújo, de 37 anos, em um balneário. O júri ocorre no Fórum Criminal, na 2ª Vara do Tribunal do Júri, na Cidade da Justiça, em Rio Branco. Ao G1, a Polícia Militar (PM-AC) informou que não vai se pronunciar sobre o caso.
A vítima foi morta na Estrada do Quixadá, na capital acreana, no dia 24 de julho de 2016. Ao G1, o irmão de Araújo, Paulo André, disse que a família está confiante e espera conseguir justiça. Segundo ele, o resultado deve ser divulgado na tarde desta terça (28), por volta de 15h.
“Estamos acompanhando desde o início, nosso irmão não merecia o que foi feito com ele, ainda mais por um policial, que devia nos proteger. Estamos confiantes com tudo que foi mostrado até agora e esperamos conseguir a justiça”, afirma.
O advogado Everton Frota, que representa o PM, destacou que o júri já foi anulado pela Câmara Criminal em maio deste ano após ele ser condenado por homicídio privilegiado em uma decisão do Conselho de Sentença da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da Comarca de Rio Branco. Desta vez, a defesa espera que Mendes seja absorvido.
“Na primeira vez logramos êxito na defesa e estamos confiantes de que dessa vez conseguiremos a absorvição”, diz.
Entenda o caso
O vigilante Raimundo Carlos Costa de Araújo, de 37 anos, foi morto em um balneário de Rio Branco no dia 24 de julho de 2016. De acordo com a PM, em matéria publicada no G1 no dia do crime, o sargento teria chamado a esposa da vítima para dançar, gerando uma discussão e o vigilante teria reagido e dado um soco nele. Após a briga, o homem foi alvejado com os disparos.
Uma testemunha que estava no local e não quis se identificar contou que Araújo não teria dado um soco no sargento e que o policial estava alterado e teria mexido com a mulher da vítima. Ao ser preso, a PM informou que o acusado não apresentava sinais de embriaguez.
Um grupo de vigilantes chegou a fazer uma manifestação contra a morte de Araújo. Os colegas de trabalho se reuniram em frente ao Sindicato dos Vigilantes, localizado na Avenida Ceará um dia após o crime.