Justiça do Acre julgou mais de 300 processos de estupro contra menores somente este ano

Na quinta-feira (9), por exemplo, Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ-AC) julgou sete processos do tipo. Dados do MP-AC mostram que 96% das vítimas são meninas.

 A Justiça do Acre julgou, somente este ano, mais de 300 processos relacionados a estupro de menores de idade. Só nesta quinta-feira (9), a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) ajuizou sete processos de estupro de vulnerável.


O índice mostra uma realidade dura e preocupante no estado, que é a alta incidência de crimes sexuais contra crianças e adolescentes.


Dados preliminares do Ministério Público do Acre (MP-AC) apontam que de 45 inquéritos analisados pelo órgão – dentro de um universo superior a 400 sem conclusão na Delegacia Especializada de Proteção da Criança e do Adolescente (DEPCA) – 96% das vítimas de crimes do tipo são meninas. Desse total, 89% dos casos configura como estupro de vulneráveis.


O levantamento preliminar do MP-AC revela ainda que 44% das vítimas estão na faixa etária entre 11 e 13 anos de idade. Os dados do órgão se referem a casos que aconteceram de 2005 a 2017. Dos processos de estupro de vulnerável julgados na quinta (9) pelos desembargadores da Câmara Criminal do TJ-AC, um chamou a atenção de quem acompanhou o julgamento.


Em Acrelândia, no interior do estado, uma criança de 11 anos foi estuprada até os treze pelo próprio pai. Apesar de condenado pelo Juízo da Vara Única Criminal da Comarca de Acrelândia à 27 anos de prisão, o homem recorreu da sentença.


Porém, os membros da Câmara Criminal do TJ-AC negaram, por unanimidade, a apelação feita pela defesa do pai da criança.


O estupro de vulnerável acontece quando um adulto tem conjunção carnal ou pratica outro ato libidinoso com menor de 14 anos.


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