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ISE investiga histórico de adolescente achado morto dentro de centro socioeducativo no AC

Laudo do IML ainda foi entregue à direção. Adolescente foi achado morto dentro de uma das celas do Centro Socioeducativo Santa Juliana na segunda-feira (6).


O Instituto Socioeducativo do Acre (ISE-AC) faz um levantamento de todo o histórico do adolescente de 13 anos encontrado morto na segunda-feira (6) dentro de uma das celas do Centro Socioeducativo Santa Juliana, em Rio Branco.


O laudo com a causa da morte ainda não foi concluído pelo Instituto Médico Legal (IML). Segundo a direção, a expectativa é que fique pronto até a próxima semana.


Rafael Almeida, diretor-presidente do ISE-AC, explica que as hipóteses de homicídio e suicídio não são descartadas.


Ele afirma que o levantamento com informações do histórico de vida e de passagens do garoto vai auxiliar na linha de investigação que trabalha com a hipótese de suicídio. Articulações com as polícias Judiciária e Civil também foram feitas para que a apuração do caso seja precisa.


“A gente já está fazendo o levantamento de todo o histórico desse menino. Também vamos levantar as passagens dele [a quantidade de vezes que o rapaz foi internado por cometer delitos] do momento que ele entrou, como chegou, o comportamento dele e outras coisas. Tendo essas informações e, caso realmente tenha sido suicídio, poderemos saber o que o levou a isso”, observa o diretor.


Almeida afirma que, além do processo criminal, um http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativo também foi aberto para elucidar a morte. Todos os agentes que atuam no Centro Socioeducativo Santa Juliana vão ser ouvidos pela Corregedoria do ISE-AC.


Ele diz que os outros cinco jovens, que estavam na cela onde o adolescente morreu, já foram ouvidos e negaram qualquer participação no ato.


“Três deles disseram que estavam dormindo. Os outros dois falaram que estavam em um jogo de tabuleiro. Todos afirmaram que não viram nada. Existe uma mureta que dá acesso ao banheiro, separa ele do restante da cela. Eles contam que o menino foi para esse local e quando viram ele já estava se jogando com a forca armada. Eles falaram isso na Corregedoria”, acrescenta Almeida.


As imagens das câmeras de segurança do corredor e alas do centro também vão ser analisadas. A intenção é verificar se houve alguma movimentação suspeita antes do fato.


“A equipe está toda empenhada nisso. É de nosso interesse desvendar http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativamente esse caso. Os adolescentes vão permanecer na mesma cela até outros encaminhamentos”, afirma o diretor-presidente do ISE-AC.


Assistência e medidas

Rafael Almeida garante que a família do menino está recebendo assistência do órgão. Além de arcar com os custos funerários e traslado do corpo para Acrelândia, cidade onde o jovem nasceu, atendimento psicológico deve ser disponibilizado para os familiares.


“Fizemos uma solicitação à Sejudh (Secretaria de Justiça e Direitos Humanos) para que assistentes sociais e psicólogos acompanhem a família. Isso é muito importante”, acrescenta.


O diretor-presidente lembra que, caso seja comprovada a participação dos companheiros de cela na morte do garoto, os adolescentes vão responder por mais um ato infracional, que vai ser somado ao que eles já cumprem atualmente.


Ele espera que até a próxima segunda-feira (13) o laudo do IML esteja pronto e a causa da morte seja informada ao ISE-AC.


Entenda

Um adolescente de 13 anos foi encontrado morto, na manhã de segunda-feira (6), dentro de uma das celas do Centro Socioeducativo Santa Juliana, em Rio Branco. A direção do ISE-AC informou que a morte tem indícios de suicídio, mas que um processo http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativo para investigar o caso foi aberto.


O menor era natural do município de Acrelândia, interior do estado, e cumpria medida por furto qualificado. No momento da morte, segundo o ISE-AC, estavam seis dos nove jovens instalados na cela. Três deles falaram que estavam dormindo na hora que o menor morreu e outros dois alegaram que estavam jogando e não viram nada.


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