Pesquisa da Fecomércio-AC entrevistou 304 pessoas. Do total de pessoas entrevistadas, 43% disseram ter perdido familiar ou pessoas próximas por assassinato.
Uma pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC) aponta que 57% dos entrevistas já sofreram algum tipo de violência em Rio Branco. Apenas 28% dos entrevistados pelo levantamento afirmaram que nunca passaram por esse tipo de situação na cidade.
O estudo da instituição, divulgado na última segunda-feira (6), foi feito entre os dias 25 e 31 de outubro e ouviu 304 pessoas, todas com 18 anos ou mais. A intenção era saber a opinião da população sobre a segurança pública na capital. Do total de entrevistados, 15 % disseram que já sofreram ameaças.
De acordo com a pesquisa, 43% dos rio-branquenses afirmaram que perderam parentes ou pessoas próximas por assassinato – elas também informaram que estelionato e bullying aconteceram com alguém próximo. Já 39% falaram que já foram roubadas ou assaltadas em alguma ocasião.
Em relação às causas da violência na cidade, 27% acreditam que as drogas (venda e consumo) são responsáveis por situações de insegurança. Outros 26% acham que a impunidade é terreno fértil para a insegurança. Apenas 19% atribui a ausência do Estado como motivo para a situação.
Segundo o levantamento, 14% das pessoas ouvidas se abstiveram de opinar sobre as causas da violência. População armada (10%), falta de educação (16%) e desemprego (3%) foram outros fatores atribuídos pelos entrevistados como motivo de insegurança na cidade.
Violência nos últimos seis meses
A Fecomércio-AC também quis saber a opinião das pessoas sobre os índices de violência em Rio Branco nos últimos seis meses. Para 79% da população, as taxas nesse período são absurdas. Outras 19% consideraram que os números são inalteráveis. Apenas 2% acha que houve alguma redução.
Ao serem questionados sobre as expectativas para os próximos seis meses, 49% das pessoas disseram que esperam um aumento da violência na capital. Para 55%, as atuais taxas vão se estender no próximo semestre. O otimismo prevalece em 2%, que acreditam em alguma redução.
Das 304 pessoas entrevistadas pela federação, 43% admitiram que temem pela segurança pessoal ou de algum familiar. Já 39% observaram que se sente desprotegidos diante da onda de violência.