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‘É um vazio que nunca se preenche’, diz mulher ao visitar túmulo da filha morta há 15 anos em acidente aéreo

Prefeitura estima que 30 mil pessoas passem nos dois cemitérios da cidade. ‘Momento de matar um pouco a saudade’, diz mãe de jovem morta.

Os dois cemitérios de Cruzeiro do Sul foram bastante visitados durante a manhã desta quinta-feira (2), Dia de Finados. A Prefeitura acredita que durante todo o dia, 30 mil pessoas devem visitar os cemitérios São João Batista e Jardim da Paz.


Filas de carros puderam ser vistas nas ruas de acesso ao cemitério. Para muitos, o dia é de reflexão sobre a vida e a morte, além de matar a saudade.


Mesmos passados os 15 anos da morte da filha, a empresária Tãnia Bussons, não deixa de estar presente. Em 2015, o G1 conversou com ela durante uma das visitas ao túmulo da jovem Maria José Bussons Miranda, que morreu em 2002 vítima de um acidente aéreo.


Na época, ela contou que no aniversário da filha sempre leva um bolo até o cemitério e passa o dia lembrando da jovem.


Para não perder o laço com a filha, Tânia mantêm o hábito de visitar sempre o túmulo. “Só muita saudade. Eu sentia muito orgulho e ainda sinto. É um vazio que nunca se preenche, a gente se acostuma, mas não esquece”, afirma.


A filha de Tânia, Maria José Bussons Miranda, tinha 23 anos em 2002, quando morreu junto com outras 22 pessoas, na queda de uma aeronave “Brasília” da Rico Linhas Aéreas, em uma fazenda de Rio Branco. Para a família, o golpe foi ainda maior, pois a jovem estava grávida de sete meses.


Saudade é uma unanimidade nas palavras de quem vai até o cemitério. A aposentada Francisca Rosa de Oliveira, de 72 anos, veio com boa parte da família para visitar o túmulo do pai dela, que morreu há 3 anos.


Os parentes rezaram, cantaram e se emocionaram durante a homenagem prestada. “Toda a vida fomos católicos e só temos que agradecer a Deus por sermos unidos em todas as horas. É uma obrigação que temos de visitar e cuidar. É um dia que a gente ver com alegria por estar aqui, mas é triste devido à saudade”, finaliza.


Prefeitura espera que 30 mil pessoas passem pelos dois cemitérios de Rio Branco  (Foto: Anny Barbosa/G1)

Prefeitura espera que 30 mil pessoas passem pelos dois cemitérios de Rio Branco (Foto: Anny Barbosa/G1)


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