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Defesa de advogado preso após vídeo com suposta submetralhadora pede exame de insanidade mental: ‘desequilibrado’

Advogado de Manoel Júnior diz que ele apresentou transtornos comportamentais. Exame deve ser feito em até 45 dias.

A defesa do advogado Manoel Elivaldo Batista Lima Júnior, que foi preso preventivamente na sexta-feira (24) após aparecer em vídeos com uma suposta submetralhadora, solicitou que ele passe por um exame de insanidade mental.


Ao G1, o advogado Francisco Silvano disse que fez investigações paralelas e apurou que Júnior está desequilibrado.


Silvano diz que Júnior apresentou transtornos comportamentais nos últimos três meses no convívio com a família, a ex-mulher e outras pessoas. Ele garante que o pedido do exame de insanidade mental não é uma estratégia de defesa para descaracterizar o caso. Segundo ele, o prazo é de 45 dias para que a avaliação seja realizada.


“De fato, ele demonstrou essa grave anomalia que faz ele ter essa bipolaridade. Vamos fazer isso nesse primeiro momento. Conversei com a psiquiatria forense pelo Instituto de Análise de Perícias do Acre e vamos ver como vai ficar a situação. Esse pedido já foi feito e agora vai tramitar e esperamos que seja despachado na segunda (27)”, explica.


O representante de Júnior diz que nesse momento não estão preocupados em ingressar com um pedido de liberdade. O motivo, segundo Silvano, é que isso pode causar problemas ao jovem devido às declarações feitas nos vídeos. O advogado diz que ele sofre perigo de vida, tanto pela facção que disse fazer parte como pelas rivais.


Silvano explica que desde 2015 o Judiciário fez instruções criminais em dois processos que apuram as organizações criminosas. As pessoas citadas nos vídeos de Júnior já foram ouvidas e declararam não pertencer a nenhum tipo de facção.


“As pessoas que ele mencionou são pessoas que já tinham sido ouvidas perante o juízo em um processo paralelo. As declarações, criaram uma situação que a acusação pode querer utilizar isso para a condenação dessas pessoas. Ele passou a correr grande risco. É melhor ele estar seguro do que correndo risco na rua”, afirma.


Registro de advogado foi suspenso temporariamente

Júnior teve o registro profissional suspenso, na última sexta (24), pela Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Acre (OAB-AC). No documento, a OAB diz que, além de estar portando um armamento, o advogado fez “declarações distorcendo e deturpando a profissão da advocacia”. O advogado vai responder no Triibunal de Ética e Disciplina da ordem.


A defesa de Júnior diz estar preocupada com a questão http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativa e afirma que, após a repercussão do caso, vários advogados começaram a sofrer represálias. Ele conta que os profissionais, que antes não era revistados, passaram a ser revistados nos fóruns e também outras regras foram aplicadas para o ingresso deles nesses órgãos.


“Houve uma pressão para que ele fosse suspenso das atividades. Isso, a partir do momento que ficar delimitado se ele tava ou não na sua sanidade mental, isso também deve ser revogado”, diz.


‘Sou bandido’, diz advogado em novo vídeo

A suspensão do registro também foi motivada após vazar um novo vídeo de Júnior, que viralizou nesta sexta (24). Nas imagens, ele diz que é bandido. “Sou bandido mesmo, eu assumo, trabalho para o CV, Rio Branco é nossa e eu tô aqui pra ficar rico”.


Marcos Vinícius Jardim, presidente da OAB-AC, declarou que a conduta de Lima foi inadequada, ofendeu a classe profissional e extrapolou o campo da expressão pessoal.


Ele afirmou que a atitude do advogado não condiz com as normas da instituição e que um procedimento http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativo para apurar o caso vai ser instaurado.


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