Roberto Cabral afirma afirmou que a destruição de equipamentos envolvidos no garimpo ilegal é uma medida prevista em lei
O Ibama queimou balsas de garimpeiros na Amazônia porque o barco rebocador destacado para a ação foi destruído por criminosos, disse o coordenador de Operações de Fiscalização do Ibama Roberto Cabral.
Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, Cabral afirmou que a destruição de equipamentos envolvidos no garimpo ilegal é uma medida prevista em lei e que ela foi tomada para impedir a continuidade de um crime ambiental. Após operação conjunta do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) queimar balsas de garimpeiros, episódios violentos foram registrados em Humaitá, cidade na região sul do Amazônia.
Foi ateado fogo em um barco do ICMBio e na sede do Ibama na cidade. A polícia trabalha com a hipótese de que o incêndio foi uma represália dos garimpeiros por conta das ações ambientais.
A chamada operação Ouro Fino tinha como objetivo combater o garimpo ilegal de ouro no Rio Madeira.
Com a escalada da tensão, a Marinha deslocou um pelotão de 30 fuzileiros e o navio-patrulha fluvial Rondônia para Humaitá. Ainda assim, as equipes do Ibama e do ICMBio foram retiradas da cidade. Roberto Cabral conta que casas de servidores das instituições ambientais foram invadidas e depredadas na cidade. O coordenador afirma que o Ibama conta com cerca de 900 fiscais e que a maioria deles está na região amazônica.
O mercúrio utilizado na mineração ilegal polui os rios e representa uma ameaça à saúde, diz Cabral.
Apesar dos ataques, Ibama e ICMBio afirmaram por meio de nota conjunta que a ação contra o garimpo ilegal continuará. Com informações da Sputnik News.