Momento é de renegociar valores de aluguéis e venda, diz empresário. Em Rio Branco, muitos imóveis estão fechados.
As placas de “vende-se” e “aluga-se” estão se multiplicando. No Brasil, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) tem registrado um movimento que não se via há sete anos: a deflação – que é quando o preço de imóveis e produtos caem em determinado período.
O proprietário de uma das imobiliárias em Rio Branco, Jurilande Aragão, explica que esse efeito é atribuído ao aumento de oferta.
“Você tem uma oferta muito grande e uma procura pequena. Isso em qualquer segmento da economia faz o preço diminuir. Eu tinha imóveis que valiam, por exemplo, de aluguel R$ 20mil que fui obrigado a alugar por R$ 12 mil”, explica.
O valor dos aluguéis já vinha desacelerando por causa da crise. É uma situação que beneficia uma em cada seis famílias brasileiras e deve continuar favorecendo inquilinos e compradores.
“Quando chegou a crise, os imóveis começaram a perder valor e começou a não ter a grande procura que tinha. As pessoas com receio do que vinha pela frente começaram a não comprar, a não adquirir. Tudo que se fazia, se alugava. Tudo que se fazia, se vendia. Aí começou a ficar diferente, não alugava e não vendia. Aí começou um novo cenário”, destaca.
No Acre, a situação não é diferente, muitos imóveis estão fechados, colocados para alugar ou para venda. Há uma grande oferta de imóveis e pouca procura de clientes. O especialista alerta que este é o momento para tentar renegociar valores menores de aluguel e compra.
“Esta renegociação é o que a imobiliária sempre aconselha aos grandes proprietários de imóveis. Quando você tem um inquilino bom, temos que renegociar. Vamos torcer. Estamos no final de ano e temos essa questão evolutiva. Vamos ver o que vai acontecer, se isso vai ter consequências no início do ano que vem”, finaliza.