Cerca de 200 presos fazem greve de fome em Cruzeiro do Sul, alguns passam mal e precisam de atendimento médico

Detentos estão há dois dias sem aceitar alimentação, diz direção. Em Rio Branco, greve de vai para o terceiro dia.


Assim como em Rio Branco, cerca de 200 presos da unidade prisional Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul, resolveram fazer greve de fome há dois dias. Eles alegam que recebem comida estragada e cobram o retorno de líderes de facção transferidos para fora do estado há quase dois anos.


O diretor do presídio, Klinger Magalhães, confirmou o movimento dos presos e disse ainda que o caso foi levado ao Judiciário. Além disso, médicos acompanham os detentos.


Familiares fizeram um protesto na manhã desta sexta-feira (10) exigindo que a situação seja resolvida. Eles alegam que alguns presos estão passando mal dentro das celas.


“Tem gente passando mal, que nem se levanta mais do chão devido à greve de fome. Eles recebem comidas podres, cobram a volta de presos que foram transferidos para outras cidades e cobram a garantias de direitos. Tem gente que espera há mais de quatro meses pela audiência que ainda não foi marcada”, reclamou um parente, que prefere não se identificar.


O diretor da unidade disse ainda que a greve não é generalizada e abrange presos de dois pavilhões.


“São cerca de 200 presos dos pavilhões B e C, que se denominam fazer parte de uma facção. Estamos fazendo nossa parte fornecendo a alimentação, mas eles se negam a receber. Hoje [sexta,10] pela manhã, alguns presos começaram a passar mal, alegando estarem fracos e foram retirados das celas para receberem atendimento”, explica.


A Vara de Execuções Penais também já foi informada da situação e, segundo Magalhães, uma equipe médica deve ser disponibilizada para acompanhar a situação de perto.


“Já houve reunião com a Coordenação Regional de Saúde e com a Secretaria Municipal de Saúde para que uma equipe médica faça o atendimento dos presos mais necessitados”, garante.


O diretor disse ainda que o movimento da greve de fome é nacional e a direção está com ações para evitar que a greve de fome evolua dentro da unidade.


“Eles alegam falta de médico. Temos médico e dentista semanalmente no presídio. Quanto a alimentação, já levamos ao conhecimento do fornecedor para que verifique se a queixa é pertinente”, garante.


Ao G1, a Segurança Pública, informou que o movimento continua também em Rio Branco desde a terça-feira (7). Informou ainda que as atividades, como banho de sol e visita íntima não foram suspensas, mas que alguns presos se recusam a participar.


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