Aos 20, jovem com paralisia cerebral no AC faz o Enem e diz que provas mais difíceis foram as de exatas

Antônio Carlos Pismel, de 20 anos, tem o sonho de ser advogado: ‘sei que vou conseguir’, disse. Aflita, mãe do jovem, Elizângela Pismel, conta que queria ter ficado com ele na sala.

Mesmo com dificuldade para falar por causa de uma paralisia cerebral, o candidato Antônio Carlos Pimel de Souza, de 20 anos, chegou cedo para fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Rio Branco, neste domingo (12). Em poucas palavras, ele disse que pretende cursar direito na Universidade Federal do Acre (Ufac). “Sonho de ser advogado”, afirma. Para ele, as provas de exatas foram as mais difíceis neste segundo dia do exame.


O certame teve questões de exatas e ciências da natureza. As provas foram aplicadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em 56 municípios brasileiros.


ENEM 2017 - DOMINGO (5) – RIO BRANCO (AC) – Antônio Carlos Pimel de Souza, de 20 anos, quer ser advogado  (Foto: Luan Cesar/G1)

ENEM 2017 – DOMINGO (5) – RIO BRANCO (AC) – Antônio Carlos Pimel de Souza, de 20 anos, quer ser advogado (Foto: Luan Cesar/G1)


Orgulhosa, a mãe do jovem, a mediadora escolar Elizângela Pismel, de 39 anos, fala que superação é a melhor palavra para definir a força de vontade que o filho tem em lutar pelos sonhos e superar as dificuldades.


“Ele foi diagnosticado com paralisia cerebral ao nascer, ele veio de oito meses e era para ter sido cesariana, mas forçaram o parto normal e ele nasceu assim. Afetou a coordenação motora dele, mas foi só a parte física. Ele têm dificuldades na fala, mas entende tudo o que falamos e anda. Na escola aprende tudo, é muito inteligente e só têm notas boas. Estudou muito e se esforçou para fazer o Enem”, falou.


Elizângela conta que solicitou que um mediador acompanhasse o filho por medo que ele não conseguisse fazer a prova sozinho. “Na escola tem um mediador que ajuda ele a entender as coisas, só escreve quando ele está muito cansado. Para o Enem, pedi um também, mas minha vontade mesmo era ficar na sala com ele, sabe como é mãe”, fala.


A mãe diz que como o filho ainda é jovem e mesmo que ele não consiga os pontos necessários vai continuar dando todo o apoio que ele precisa. “Venho com quantas vezes for necessário, ele é meu lutador, meu guerreiro, eu e o pai dele apoiamos em tudo”, finalizou.


Candidatos chegaram cedo em Rio Branco para as provas do Enem (Foto: Luan Cesar/G1)

Candidatos chegaram cedo em Rio Branco para as provas do Enem (Foto: Luan Cesar/G1)


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