Aos 2 anos, bebê com Down dá os primeiros passos: ‘essa vitória é dele’, diz mãe

“Até me emociono, porque é uma coisa que estamos esperando muito e a gente tem trabalhado demais. Foi sem querer, aconteceu com a gente estimulando e ele deu os primeiros passos. A gente continuou e acabou com ele dando seis, sete passos, hoje de manhã [segunda, 27], ele já deu dez passos”, conta Rafaela.

A mãe explica que Lulu tem hipotonia muscular em uma parte das pernas, o que causa a frouxidão dos músculos. Segundo ela, a hipotonia é uma característica da Sindrome de Down, por isso, a fisioterapia é extremamente importante para fortalecer a área.

“A gente achou que com dois anos ele já estaria andando, mas é aquela expectativa de pai. Cada vez que ele fica em pé, ou faz algo diferente para nós é uma coisa muito emocionante e que toca muito. Ele está falando super bem, mas andar é uma coisa que a gente quer ver sempre”, destaca.

Rafaela falou que a vitória maior é de Luiz e que ele é uma criança iluminada. Ela explica que além de levar para a fisioterapia, tenta fazer o máximo em casa, mudou o quarto do filho, instalou barras na casa e fez até um andador com canos de PVC.

“Imagina só, você tem um bebê de dois anos, uma criança que ainda não anda e do nada ele dá os primeiros passos e abre os braços como quem diz “mãe, eu tô andando, eu tô quase lá”. É aquela coisa emocionante, ele estica o braço e vai, é uma criança muito iluminada. Essa vitória é dele, mas também é minha”, afirma.

Várias mães acompanham o perfil “Meu Lado Materno” e, segundo Rafaela, a procuram para conversar sobre os avanços do filho. A mãe destaca que conseguiu transformar o susto de saber que Luiz tinha Síndrome de Down em uma alegria diária e constante.

“Aceitamos a síndrome, amamos o nosso filho e isso é importante para o desenvolvimento de uma criança. Ninguém mais chega para mim e vê ele com Down, mas já chegam falando que é o Lulu do Instagram e pedem para tirar fotos. As pessoas já chegam com aquele olhar de que ele é capaz de fazer. Todo mundo vê e enxerga a síndrome com outros olhos e conseguimos quebrar o preconceito e a discriminação”, finaliza.