Intenção é levar formulários para todas as cidades do interior. Sesacre quer identificar grávidas que sofrem de algum distúrbio.
Pela primeira vez, o Acre está fazendo um levantamento de mulheres grávidas que enfrentam problemas de saúde ligados a ansiedade ou depressão.
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) e outros departamentos ligados à ela firmaram uma parceria com o Instituto de Pesquisa Pequeno Príncipe para identificar a quantidade de gestantes que sofrem desses distúrbios.
“É importante para a gestante um acompanhamento médico. Para poder falar o que está sentindo, se o companheiro, que é quem está mais perto, perceber alguma mudança, procurar o médico. Porque a depressão na gravidez é muito comum”, explica a psicóloga Angela Bley.
E, por conta de mudanças como essas, é importante que as futuras mamães passem a receber mais atenção dos médicos e da própria sociedade.
A também psicóloga e coordenadora do projeto, Clarice Zolti, diz que a pesquisa se deu devido à falta de informações relacionadas a problemas durante a gravidez.
“A gente está percebendo que não há um estudo a respeito de como andam os níveis de ansiedade e depressão nas gestantes. Porque muito se tem falado ultimamente na depressão pós-parto, mas a gente sabe que a depressão pós-parto muitas vezes não é deflagrada só por problemas no parto ou após o parto. Normalmente isso já vem no histórico de situação emocional da gestante ou da família”, destaca.
O trabalho de pesquisa já é realizado há um ano nos municípios de Rio Branco e Brasileia, mas a quantidade de questionários respondidos ainda é pequena e não há números. O gerente de ações estratégicas da Sesacre, João Paulo Silva, explica os motivos.
“Nós tivemos uma troca de gestão dentro da área técnica da mulher e isso trouxe um pouco de prejuízo no tocante do material dentro dos municípios. A gente também passou por um processo de troca de gestão nos municípios também”, justifica.