Levantamento aponta que em 2015 apenas 115 óbitos foram registrados nas vias do estado. Índice de mortes por 100 mil habitantes é menor do que a médica nacional.
Um levantamento mostra que o Acre foi o segundo estado com menor número de mortes no trânsito durante 2015. Segundo o estudo, feito pela Ambev e Falconi Consultores de Resultados, 115 óbitos ocasionados por acidentes foram registrados nas vias acreanas naquele ano.
O número é 17% menor do que os alcançados em 2014. O Acre fica atrás somente do Amapá, com apenas 93 vítimas.
Os números também revelam que o índice de fatalidades por 100 mil habitantes no estado é menor que a média nacional – são 14,3 no Acre e 19,2 no Brasil. Os motociclistas foram as principais vítimas do trânsito em 2015, eles corresponderam por 53%.
Depois vieram os pedestres (21%) e motoristas (14%). Acidentes com caminhões e ônibus foram responsáveis por 12% das mortes no estado.
Pedro Longo, diretor do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AC), explica que ações desenvolvidas pelo órgão dentro de um tripé contribuem para uma redução gradual no número de mortes no trânsito a cada ano.
Ele afirma ainda que em 2016 apenas 101 casos de óbitos foram registrados no Acre. Ele que, de janeiro a setembro deste ano, foram 33 vítimas fatais.
“Embora os números já fossem bom, proporcionalmente em relação aos outros estados, nós temos melhorado ainda mais. A soma de três eixos – educação de trânsito, fiscalização e atividades de engenharia de trânsito – tem viabilizado esses resultados positivos. Eles estão criando uma conscientização na população para que ela adote práticas seguras no trânsito”, enfatiza ele.
O diretor do Detran-AC explica que a educação de trânsito desenvolve atividades como palestras nas escolas, panfletagens dos agentes nos sinais e outras ações.
Já a fiscalização acontece a Operação Álcool Zero, que ele diz contribuir muito para evitar que condutores consumam bebidas alcoólicas e dirijam. A engenharia de trânsito é responsável por sinalização e manutenção das vias.
Longo destaca ainda que o órgão de trânsito tem um cronograma com as ações desenvolvidas ao longo do ano, que ocorrem cotidianamente. As atividades são reforçadas em três grandes datas representativas: Maio Amarelo, Semana Nacional do Trânsito, no mês de setembro, e Semana em Memória as Vítimas de Trânsito, que tem as atividades feitas na segunda semana de novembro.
Óbitos por região
De acordo com o levantamento, a região Sudeste apresentou o maior número de óbitos no trânsito em 2015, foram 13.141. Logo em seguida vem a Nordeste, com 12.397 mortes totais. Sul (6.071) e Centro-Oeste em quarto (4.107) ocupam a terceira e quarta posições, respectivamente. Já o Norte fica com a última posição, em 2015 foram registradas 3.627 mortes no trânsito em toda a região.
Quanto ao número absoluto de fatalidades no trânsito, Norte e Nordeste foram as únicas regiões do Brasil que tiveram crescimento, 2,5% e 3,8%, respectivamente, entre 2010 e 2015. No mesmo período, Sul reduziu os casos em 17,5% e Centro-Oeste em 8,5%.
O estudo aponta que os principais fatores para acidentes são: excesso de velocidade, associação de bebidas alcoólicas e direção, uso do celular e a dispensa de equipamentos de segurança como capacete, cinto de segurança e cadeirinhas.