Polícia diz ainda que ao menos 1.500 armas foram apreendidas e destruídas este ano. Segundo a Polícia Civil, a ação tem a ver com a guerra de facções.
Dois assaltos em sedes do Departamento de Trânsito do Acre (Detran-AC), aconteceram em menos de 48h no estado. Além disso, três homens incendiaram a sede da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) em Cruzeiro do Sul.
Somente este ano, já foram registrados 6 roubos de armas de fogo de vigilantes de órgãos públicos. Segundo a Polícia Civil, a ação tem a ver com a guerra de facções.
No município de Senador Guiomard, um assaltante entrou na sede do Detran na tarde da última terça-feira (24). Ele observou o ambiente, sacou a arma e assaltou o vigilante. Desconfiado, o homem fugiu com a arma do funcionário.
Em Rio Branco, na sede do Detran, em horário de atendimento, o assaltante entrou no local, fingiu que também aguardava atendimento e rendeu o segurança, levando a arma e o colete do funcionário.
Ao Jornal do Acre 1ª edição, o consultor financeiro, Alex Barros, que estava no órgão no momento do assalto, contou como tudo aconteceu. “Eu estava sentado, começou aquele burburinho, algumas pessoas começaram a correr porque era uma situação que não pode acontecer e eu, na verdade, para ser bem sincero, tinha uma porta do meu lado e eu me tranquei”, diz.
Barros fala que no momento de uma situação assim, a pessoa não sabe o que fazer. Segundo o consultor, o assaltante pegou a arma, um saiu pela avenida Nações Unidas e o outro saiu correndo por dentro do próprio setor de vistoria do local.
“Então, eles se encontraram e se evadiram. É uma situação inusitada, porque ninguém espera que em um órgão público um meliante vá entrar ali armado, para roubar ou assaltar. É uma situação que causa pânico, infelizmente, a palavra é essa”, fala.
O diretor http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativo do Detran/AC, Fábio Ferreira conta que a ação foi dentro dos postos do Detran, mas teve como foco exclusivo a retirada da arma do vigilante.
“Nenhum cidadão foi afetado por essa ação a não ser o vigilante. Na verdade, o que a gente tem feito é reforçar os postos de vigilância e deixar o pessoal mais atento para que essas ações não ocorram”, comenta.
O delegado de Polícia Civil, Alcino Ferreira, diz que, caso seja feito um histórico rapidamente, é possível perceber que no mesmo período, a Polícia Civil, com a Polícia Militar e os órgãos de segurança dobraram a apreensão de armas. Segundo ele, chegou a cerca de 1.500 armas destruídas, inclusive neste mês, com apoio do Exército.
“Lógico que os criminosos acabam buscando alguns alvos para tentar recuperar armas, no sentido de roubar essas armas de alguns alvos e que, infelizmente, têm sido os vigilantes, estão sendo esses agentes de segurança privada que habitualmente prestam serviço em órgãos públicos,” diz.
Segundo o delegado, um dos autores já foi identificado, além disso, indica ainda como a população deve encarar este tipo de situação.
“Se tiver em algum desses órgãos ou em qualquer lugar, onde aconteça ação com emprego com arma de fogo, não reaja, deixa que a ação aconteça. A polícia depois vai atuar, vai identificar e vai fazer o que tem feito, que é colocar à disposição da Justiça. Prender e que seja condenado e que não saia do sistema prisional”, finaliza.