Sindicato diz que há finais de semana com apenas um anestesista de plantão para atender a demanda das quatro salas de cirurgia do local. Sesacre não se pronunciou sobre o caso.
O Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) denunciou a falta de anestesistas no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb).
O primeiro-secretário do sindicado, Guilherme Pulici, afirma que nos fins de semana e até em alguns dias da semana em novembro apenas um profissional foi escalado para atender as quatro salas de cirurgia da unidade.
A reportagem do G1 entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) que informou que não vai se pronunciar. O Sindmed-AC disse que não iria divulgar a escala para preservar os profissionais médicos.
Pulici afirma que a falta de anestesistas pode causar problemas graves e até a morte de pacientes. O principal motivo de não ter profissionais, segundo ele, é a falta de reposição no quadro de funcionários. Ele explica que isso poderia ser solucionado, caso a Saúde convocasse profissionais aprovados em um concurso realizado em 2013.
“A escala conta com apenas dois profissionais por plantão, isso há vários anos. É preciso considerar que a população cresceu, assim como a demanda por atendimento. Mas, o número de profissionais continua o mesmo. Teve um anestesista que tirou licença, outro está pedindo para aposentar e, naturalmente, a escala fica com déficit. Teve até um profissional que pediu demissão”, relata Pulici.
O Sindimed-AC encaminhou a escala do Huerb para o mês de novembro a órgãos de fiscalização como o Ministério Público do Acre (MP-AC) e Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC).
Um ofício também foi encaminhado à Sesacre pedindo que haja um corpo clínico na unidade de saúde suficiente para continuar com os atendimentos.
“O caso é grave para a população que busca atendimento e também para o profissional que fica sobrecarregado. Temos poucos profissionais e apenas um na escala não tem como dar conta de uma unidade que é referência em cirurgias de emergência e urgência em todo o estado”, lamenta.