Ato ocorre após coordenadora de ensino da Escola Lourival Sombra ter sido agredida por mãe de aluna no último dia 26.
Alunos, pais, professores e outros servidores da Educação fazem um ato na manhã desta quinta-feira (5) contra a violência nas escolas. A manifestação conta com representantes de mais de 30 escolas municipais e estaduais. Entre as reinvindicações, os servidores pedem a volta do policiamento nas instituições de ensino.
O G1 entrou com contato com o setor de Gestão da Secretaria de Estado de Educação (SEE) e foi informado que a responsável está em reunião, mas que o órgao vai se posicionar ainda nesta quinta (5). O secretário de Segurança, Emylson farias, vai receber uma comissão para conversar com os manifestantes na sede da pasta.
Devido ao protesto, as aulas nas escolas participantes foram suspensas. O grupo se reuniu em frente do Palácio Rio Branco e foi em caminhada pela Avenida Brasil até à Casa Rosada. O trânsito no local chegu a ficar parado.
A professora Maria Rodrigues, que atua desde 2005 nas escalas, diz que os professores são agredidos verbalmente todos os dias e que isso precisa parar.
“Queremos chamar atenção das autoridades sobre a situação de vulnerabilidade que nós profissionais da educação estamos suscetíveis. As escolas são e estão vulneráveis, várias escolas municipais e estaduais estão sendo invadidas, saqueadas, roubadas a gente vive em um clima de constante ameaça”, reclama.
Maria fala que os profissionais chegam a ficar desestimulados e até doentes por conta dos atos que sofrem no dia a dia.
“A gente sofre violência verbal, ameaças, tratamento grosseiro, falta de compreensão, por mais que a gente explique o funcionamento. Porque todas as escolas têm regras e às vezes a comunidade não entende isso. Então, todos os professores estão se sentindo vulneráveis, e não era para a gente ter medo, era para a gente se sentir seguro no ambiente escolar”, acrescenta.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, pede o retorno do policiamento escolar dentro das instituições.
“Hoje os professores estão trabalhando inseguros e com medo porque são agredidos moralmente e verbalmente. É necessário ter o policiamento e a Secretaria de Educação não pode ignorar que isso esteja acontecendo. O governo tem que colocar como prioridade, porque a escola tem que ser o lugar mais seguro, lá têm crianças, jovens, adultos e profissionais da educação”, acrescentou.
Coordenadora agredida por mãe de aluna
Imagens gravadas por câmeras de segurança, no dia 26 de setembro, mostram o momento em que a mãe de uma aluna da Escola Lourival Sombra, no bairro Tangará, em Rio Branco, agridiu uma coordenadora pedagógica. A agressão ocorreu dentro da unidade.
No vídeo, é possível ver o instante em que a mulher, identificada por Lay Viana de Freitas, de 32 anos, dá um soco na coordenadora pedagógica. Depois que a vítima cai no chão, recebe um chute no rosto. A reportagem do G1 tentou contato com a mãe que aparece nas imagens, mas não obteve sucesso até a publicação da matéria.