Rio Branco registra mais de 450 casos de sífilis em pouco mais de nove meses

Ações de prevenção foram realizadas pela Secretaria de Saúde na capital. Diagnóstico pode ser obtido através de teste rápido.


A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) informou que até a primeira quinzena de outubro foram registrados 459 casos de sífilis em Rio Branco, sendo 288 de sífilis adquirida, 157 em gestantes e 14 de sífilis congênita. O número de casos já é 76% do total registrado no ano passado, quando a capital teve 601 casos.


Para conter o crescimento de casos da doença e chamar a atenção da população para a importância de fazer testes rápidos, a secretaria fez algumas ações na última sexta-feira (20), que envolveu teste rápido para diagnóstico e tratamento da doença.


A diretora da Vigilância Epidemiológica do município, Socorro Martins de Souza, conta que a intensificação das ações de combate à sífilis ocorre de forma diária.


“Estamos orientando a população para esse problema que é a sífilis, que tem aumentado muito não só em Rio Branco, mas no Brasil todo. Teve um direcionamento de aumento ultimamente nos casos de sífilis”, explica.


Ela diz ainda que em Rio branco o número de notificações cresceu, até porque, segundo ela, mais exames estão à disposição da população e os testes podem ser feitos em todas as unidades de saúde.


“Nos últimos anos tivemos um aumento na sífilis adquirida de 47%, a sífilis em gestante um acréscimo de 33 % e uma redução de sífilis congênita de 25%. Isso para nós é bom porque detectamos a sífilis em gestantes, nós estamos tratando e fazendo com que a criança não nasça com sífilis, não tenha sífilis congênita”, diz.


Socorro fala que quando a população procura uma unidade de saúde ou quando está em busca de um outro tratamento é oferecido o exame para a pessoa, que pode fazer o teste. Caso o resultado seja positivo, o paciente já começa o tratamento.


“A gente sabe que a sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, que pode trazer consequências ruins se não tratada. Ela tem vários estágios, alguns apresentam sintomas, mas esses sintomas podem sumir e a pessoa pensar que foi curada, mas não, ela fica latente, em algum momento da vida vai se manifestar”, destaca.


Para saber se alguém tem sífilis, é necessário passar por um teste rápido em uma unidade de saúde. A intenção com o resultado dos exames é também a de aumentar a detecção na gestante e diminuir a sífilis congênita.


“Detectou na gestante trata logo para evitar que a criança tenha sífilis durante a gravidez da mãe ou durante o parto. No Brasil também vem acontecendo esse aumento. A população com sífilis adquirida é aquela jovem e adulta, é mais na faixa etária de maiores de 15 anos até 49, 50 anos”, completa.


Em 2016, o Ministério da Saúde informou que o Acre era o quinto estado com maior número de casos de sífilis na gestação, com uma taxa de 18,3 casos a cada mil nascidos vivos. O número é muito acima da média nacional, que é de 11,2.


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